𝐏𝐞𝐫𝐟𝐢𝐥 𝐅𝐚𝐤𝐞 ━━ Gabigol

Rascunho Quarenta e Cinco

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meta de cometarios: 45 🔒
oi liguei pra dizer que hoje eu não vou voltar
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c L a R i S s A 
𝗯𝗮𝗿𝗿𝗮 𝗱𝗮 𝘁𝗶𝗷𝘂𝗰𝗮, 𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗷𝗮𝗻𝗲𝗶𝗿𝗼

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Acordei sentindo a cama vazia, bolei para um lado e para o outro, em busca do corpo de Gabriel mas não achei. Me obriguei a abrir os olhos, sentindo a claridade, ainda que controlada, me atingir em cheio. Tenho certeza, de que assim como a Anna, vou ficar mal acostumada e querer dormir com ele sempre. Sério, é uma sensação tão única.

Descrever isso é uma coisa, viver é totalmente diferente.

Senti no colchão e me espreguicei, suspirando fundo olhando ao redor. Quando encaro a mesinha de cabeceira, vejo um papel dobrado embaixo do meu telefone, sorrio de imediato. Pego o papel e leio o nome de Gabriel, desdobrando e sorrindo mais largo ainda com o que ele escreveu.

"Quando saí, você ainda tava dormindo e não quis te acordar, mas bom dia detetive. Te vejo no maraca."

— Lindinho. — Sussurro e aperto o bilhetinho sobre o peito. Me fez lembrar da Cris, minha personagem que recebia e trocava bilhetinhos.

Me dei por vencida e levantei, daqui a algumas horas, tem o jogo a qual ele me convidou e ontem a noite não para de falar sobre isso, sobre me apresentar os caras. Não sei exatamente, quantas pessoas sabem que sou autora de fanfics com jogadores do Flamengo, mas só de imaginar, já me deixa constrangida. E se por algum acaso, Léo Pereira ler a fanfic da Paloma, Deus me livre, eu tenho um infarto.

Caminho até o banheiro e acho uma escova de dentes nova, separada e em cima da bancada da pia. Prendo meu cabelo, mas já sei que vou ter que lavar, faço minha escovação e já me direciono ao box. Tiro a roupa, me enfiando na água morna, normalmente eu prefiro água mais gelada, me ajuda a acordar e despertar. Faço toda a minha higiene, lavando os cabelos, o corpo, o rosto, e principalmente as partes mais importantes.

Ao finalizar, saio do box com uma toalha na cabeça e outra no corpo, voltando ao quarto. Peguei a roupa que escolhi trazer, vestindo uma lingerie, um shorts jeans preto e curto — mas não ao ponto de ser indecente —, já que está fazendo um inferno no Rio de Janeiro; e a blusa do flamengo, a atual. Me verifico no espelho e gosto do que vejo. Solto os cabelos da toalha, e os penteio, passo um perfume de Gabriel e rezo pra que ele nem sinta falta.

Faço uma maquiagem mais leve possível, e quando estou finalmente pronta, saio do closet. A cama está uma bagunça, então decidi arrumar e deixá-la no mínimo apresentável, para quem for vir realmente arrumar, não encontre nada de cabeça pra baixo e me ache desleixada. Quando termino, ouço batidas na porta, e grito que já estou indo. Pego minha bolsa, com telefone e documento pra levar ao Maracanã. Não é a primeira vez que vou, mas é a primeira vez que vou sem o meu pai.

Desde que ele faleceu, eu não tive coragem mais de voltar, lá era como a casa dele, e ele amava tanto. Meu peito apertou de saudade.

— Oi? — Digo ao abrir a porta e congelo ao ver Dhiovanna sorrindo largo.

— Oi. — Disse animada. — Quero logo dizer que sou uma grande fã e admiradora da sua escrita, e amo como me descreve em cada livro seu. — Ela mordeu o lábio inferior e cada palavra aqueceu meu coração. — E é bom te conhecer, sem você estar fugindo e eu acobertando você.

— Brigada, eu acho. — Consigo falar, mesmo estando morrendo de nervosismo e vergonha. Ela leu o que eu escrevi, isso me conforta e me assusta. — Também sou muito sua fã. — Confesso. — E aliás, você não me acobertou nadinha, fofocou pro seu irmão que eu fugi. — Cruzo os braços e ela da uma gargalhada.