Rascunho Cinquenta e Dois

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meta de cometarios: 60 🔒
nós poderíamos ter tido tudo
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c L a R i S s A 
𝗯𝗮𝗿𝗿𝗮 𝗱𝗮 𝘁𝗶𝗷𝘂𝗰𝗮, 𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗷𝗮𝗻𝗲𝗶𝗿𝗼

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Sentei no sofá, e observei Gabriel sentar logo a minha frente. Queria muito um abraço dele, acho que estou co-dependente de Gabriel Barbosa, preciso dos seus abraços, dos seus beijos e de sua presença. Queria ouvir o que ele tem a dizer, mas também não queria deixá-lo falar; queria gritar com ele, questionando o porque dele ter caído na laia daquela mulher.

— Sua mãe não está? — Perguntou, desviando do assunto, tenho certeza que está nervoso. Gabriel Barbosa nervoso.

— Não, ela foi dormir na minha avó, como sempre. — Respondo, apoiando o braço no encosto de costas do sofá. — Flagrado duas vezes com Rafaella Santos... — Toco no assunto, e abriu um leve machucado em mim.

— Sei que se eu disser que posso explicar, vai parecer que tenho culpa nisso, e eu não tenho. — Fala, me olhando nos olhos. — Ontem, Rafaella apareceu do nada no meu quarto, dizendo que queria conversar. — Começou a contar, e me partiu o coração saber que ela esteve no quarto dele. — Não rolou nada, só conversamos sobre alguns assuntos, e depois ela foi embora. Logo em seguida você me ligou, e quis esquecer imediatamente que ela esteve ali.

— Se não tivesse saído em um site de fofoca, você teria me contado? — Pergunto, talvez não querendo saber a resposta, mas eu precisava saber.

— Não. — Diz e engulo em seco. — Não porque não foi relevante, só falamos sobre o porquê de termos dado errado, e sobre a Dhiovanna. — Desviei o olhar do dele, para as minhas unhas. — Também falamos de nós dois. — Ergui o rosto a ele. — E ela desejou que fôssemos felizes juntos, e é exatamente isso que eu quero, Claris.

— E hoje a tarde? — Não desvio o assunto, quero saber tudo. Ele já não iria me contar sobre uma coisa, não quero ser a última a saber.

— Eu fui no shopping com a Dhio e o Fabinho, comprar isso. — Falou e então vi a sacola em suas mãos. Tinha o nome da Vivara, e me senti super triste de ele achar que pode me comprar com presentes. — Achei esse colar muito parecido com seus olhos, e já faz um tempo que eu queria dar ele pra você. Achei hoje a oportunidade perfeita, como um pedido de desculpas. — Estendeu a sacola a mim e não peguei.

Assenti com a cabeça, para que ele continuasse a contar. Odeio agir como uma pessoa fria, porque na verdade amei que ele escolheu um colar que se pareça com meus olhos. Ninguém dá muito crédito pra mim, por conta dos olhos claros, sei que deveria ser o contrário.

— Então, eu estava saindo da loja e esbarramos com Rafaella. — Continuou. — Conversamos por dois minutos no máximo e logo fomos embora. — Suspirou fundo. — Ela disse que não foi ela, que lamentava e...

— Você acreditou? — Pergunto em ironia. — Fala sério, tá óbvio que foi ela quem mandou a fofoca de ontem para os sites de fofoca. — Reviro os olhos, me encolhendo ainda mais no sofá. — Mandei mensagem pra você, e tu nem me respondeu.

— Meu telefone morreu de bateria. — Resmungou meio irritado. — Claris me desculpa, nada disso foi minha culpa e eu não tenho controle das ações das outras pessoas. — Gabriel se aproximou, tocando minha mão e me fazendo olhá-lo nos olhos. — Me desculpa mesmo.

— Não sei o que pensar. — Confesso. — Estou irritada com você, e quero que você enfie essas desculpas naquele lugar e exploda. — Demonstro minha irritação. — E sei que não foi culpa sua, foi daquela... — A frase morre na garganta, quando percebo que não vale a pena xinga-la sem estar diante dela.

— Tudo bem, é justo sua irritação. — Disse e assentiu, fazendo um carinho na minha mão.

— Você não me contaria isso também? — Pergunto, o vendo abrir a boca e fechar logo e seguida, suspirando e negando com a cabeça. — Isso também me deixa irritada. — Engulo o nó na garganta. — Saber que essas duas situações aconteceram, e nenhuma delas pretendia me contar. Pra piorar, quer comprar minha desculpa
com um presente caro.

— Não contaria mesmo, Clarissa. — Pontua. — Primeiro que não contaria, porque é irrelevante falar de Rafaella. Segundo que não vale a pena, causar um estresse entre nós por conta de duas situações isoladas, que não aconteceu nada. — Segurou minhas duas mãos. — E terceiro que não estou tentando comprar sua desculpa com presentes, isso jamais.

— E porque justo hoje, quando estamos passando por isso, você me trouxe um colar? — Pergunto, inclinando a cabeça para o lado.

— Achei que ficaria lindo em você. — Responde. — Mas tudo bem, todas as minhas ações já são premeditadas por você, não é?

— Conheço você Gabriel, e conheci mais ainda essa semana que passamos juntos. — Sinto que vou chorar, mas seguro com toda a minha força. — E acho que tudo aconteceu rápido demais, então eu preciso de um tempo.

— Clarissa...

— Não! — Pontuo, quando ele tentou se aproximar. — Eu realmente preciso digerir isso, e tentar desculpar você pelo que você disse, ou melhor, pelo que você não iria me dizer. — Engulo em seco. — Precioso de um tempo.

— Não faz isso comigo, não foi culpa minha. — Pediu e partiu meu coração.

— Não foi, mas a decisão de me esconder isso, foi sim. — Lamento. — Pode ir embora agora. — Levanto do sofá, e sigo para o corredor com ele atrás de mim.

— Detetive, não faz isso, tá sendo um pouco injusta com a gente. — Disse, me alçando e segurando meu braço, me prendendo contra a parede. — Não faz assim Claris. — Segurou meu rosto e estava a um passo de ceder, de beija-lo e de esquecer o que aconteceu a minutos atrás.

— Não. — Respondo. — Eu preciso de um tempo. — Sussurro, dando um beijo em sua bochecha e entrando no meu quarto. Gabriel entrou junto. — Vai embora. — Peço e ele nega com a cabeça. — Então eu vou.

Pego minha bolsa, decidida a realmente sair da minha casa de fosse possível, e ele continua parado. Entro no banheiro e tranco a porta, suspirando para não soltar o choro, e ouço quando ele sai do meu quarto, abro a porta rapidamente e ele não está mais ali. A porta de casa foi aberta e em seguida fechada com raiva, me fazendo saltar de susto.

Vou até a sala, olhando a sacola da vivara em cima do sofá, e vou descendo devagar até o chão, onde encolho as pernas e escondo o rosto contra os joelhos. Sinto meu coração se partir, mas sei que não é culpa mim. Ele tinha a opção de me contar, e não me contaria. Se queria fazer isso dar certo, confiança e transparência devem ser primordiais. Mas, era de se esperar que Gabriel Barbosa não tivesse nada disso.

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rascunho gravado

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que droga, que

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que droga, que. foi que escreveu isso?
(autocrítica)

amores, já já melhora juro pra vocês
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volto já
(tô sendo boazinha com vocês hein, atualização toda hora, quero recompensa)

𝐏𝐞𝐫𝐟𝐢𝐥 𝐅𝐚𝐤𝐞  ━━ GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora