𝐏𝐞𝐫𝐟𝐢𝐥 𝐅𝐚𝐤𝐞 ━━ Gabigol

Rascunho Quarenta e Dois

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meta de cometarios: 55 🔒
eu acho legal essa coisa de artista
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c L a R i S s A
𝗯𝗮𝗻𝗴𝘂, 𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗷𝗮𝗻𝗲𝗶𝗿𝗼

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Não sei em que momento peguei no sono, mas acho que foi o cochilo mais relaxado de toda as minha vida. Gabriel estava me abraçando, enquanto eu estava de costas para ele, e juntos estávamos largados na cama. Sem dúvidas, hoje foi a melhor noite da minha vida, não só por ter transado muito com ele, mas por ter me permitido sentir coisas, me permitir a viver experiências novas.

Me viro devagar de frente para ele, notando que ainda estava escuro lá fora, acho que dormi entre o primeiro ou segundo que assistimos. Meu Deus, Gabriel Barbosa é ainda mais lindo dormindo, do que me fodendo. A forma que a boca está um pouco aberta, com os olhos estão bem fechados e as bochechas estão coradas ainda. Dou um sorriso involuntário, acariciando sua barba bem feita, subindo o polegar e acariciando sua maçã do rosto.

Não posso me apegar a isso, a ele, a nós. Eu bem sei que ele é bipolar no quesito relacionamentos sérios, até porque, eu nunca vi Gabriel namorar sério com ninguém. Sei que isso aqui uma hora vai acabar, mas porque sinto essa sensação esquisita na boca do estômago?

— Não vou me apaixonar por você. — Sussurro e sai quase inaudível. Lhe deixo um selinho delicado e me afasto devagar, tomando cuidado dele não acordar e me impedir de sair.

Cato minhas roupas no chão, as vestindo devagar. Deixo as roupas dele dobradas em um lugar seguro, que ele pudesse por pra lavar depois. Na minha bolsa, pego um papel e uma caneta, escrevendo um bilhetinho.

"Precisei ir embora, mas adorei a nossa noite, espero que possamos repetir mais vezes.
Um beijo, Clarissa."

Deixei um coraçãozinho no final, e coloquei o bilhete sobre o travesseiro que eu dormia a pouco. Limpo o rosto ao sair do quarto, pegando o telefone e vendo que já eram quase cinco da manhã. Peço um Uber e por incrível que pareça, aceita. Mando mensagem para que ele me espere do lado de fora do condomínio, então me resta caminhar até o lado de fora.

Andar me faz pensar. Desço as escadas e encontro Dhiovanna de cara. Nós duas ficamos travadas, principalmente pela situação em si: eu indo embora quase as cinco da manhã, e ela chegando as quase cinco da manhã. Como eu vou agir na frente dela? Me programei pra tudo, menos para conhecer a irmã do cara que transei horrores. e várias vezes.

— Boa noite. — Disse ela, contendo o sorriso. Pela voz, ela parecia um pouco bêbada.

— Bom dia. — Murumuro, mordendo o lábio e tentando não sorrir de nervoso. — Eu já estou de saída. — Aponto para a porta e ela olha para lá.

— E eu ela acabei de chegar. — Responde, voltando a me olhar. — Meu irmão ajuda tá acordado?

— Na verdade, não. — Digo. — Ele está dormindo e aproveitei pra sair de fininho, antes que ele acordasse e me impedisse de ir embora. — Confesso meu pecado e Dhiovanna dá uma risada baixa.

— Você está dando o troco nele, porque ele é quem faz isso. Sempre. — Solta um suspiro risinho e me tira um sorriso também. — Bom, você precisa de carona?

— Não, eu vou pegar um Uber na portaria do condomínio, então, preciso correr. — Respondo.

— Vai andar até lá? — Questiona e assunto, mas ela nega com a cabeça. — Vem. — Me chamou e a segui, em direção a cozinha.