Rascunho Sessenta e Dois

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c L a R i S s A 
𝗯𝗮𝗿𝗿𝗮 𝗱𝗮 𝘁𝗶𝗷𝘂𝗰𝗮, 𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗷𝗮𝗻𝗲𝗶𝗿𝗼

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Os meses se passaram com pressa. Não notei que já se aproximava do final do ano, e tão pouco que notei a barriga crescer. Os enjoos se transformaram em desejos, os estresses em felicidades ao sentir mexer, e as dúvidas sobre como se referir ao bebê também acabarão. Faremos um chá revelação intimista, para aí sim poder contar as pessoas.

Fiz uma pequena turnê para divulgar o livro, mas não foi muito longa por recomendações médicas. Como minha mãe teve complicações em suas duas gestações, tive medo de ter complicações também, então me resguardei. Finalmente as férias que tanto planejamos está acontecendo, e podemos relaxar um pouco, mas não o bastante.

Não falamos sobre a gravidez as pessoas, mas era nosso desejo assim que fui pedida em casamento, mas dessa vez Fabinho e Thaís que nos pediram para segurar um pouco a notícia, pelo menos até a poeira baixar por conta dos campeonatos que o Flamengo não ganhou.

Deitei no sofá de casa, suspirando e olhando para a minha barriga do quinto mês, nem dá pra acreditar que tem um bebezinho dentro da minha barriga e que em alguns meses irá nascer. Um bebê meu, um que é tão amado e que quero proteger a todo custo.

— Clarisssssssssss. — Gael gritou entrando em casa. — Onde está o forninho? — Pergunta e dou uma risada.

— Estou na sala. — Respondo, me aconchegando ainda mais entre as almofadas.

Agora meu irmão só me chama assim, de forninho, já que o pãozinho está assando e ficará pronto quando der nove meses. Não sei quem disse isso a ele, provavelmente Gabriel, que ele fala isso para todo mundo. Mesmo querendo, a gente não consegue controlar o que ele diz e nem impor algo, ele é criança, não entende. Ainda bem que as pessoas que vem aqui em casa ou que ele convive, já sabem da gestação.

— Oi forninho, oi bebê. — Ele disse, se aproximando e me dando um beijinho, em seguida dando um beijinho na barriga.

— Oi Gaelzinho. — Faço uma voz infantil, e ele da gargalhada. Ele está tão grandinho, e tão lindo.

— Oi detetive, e mini detetive. — Gabriel chega logo em seguida, me dando um selinho e um beijinho na barriga.

São raros os momentos que eu sou cumprimentada, na maioria do tempo, só o bebê ganha beijinhos e sempre perguntam como ele esta, eu não reclamo na verdade, adoro responder como o bebê está, se está mexendo, se estou sentindo mudanças. Para ser exata, não. Mesmo corpo segue igual, a não ser pelos seios grandes e sensíveis, e a barriga que cresce todo dia.

— Como foi a terapia? — Pergunto a Gael.

— Normal. — Da de ombros. — Vou tomar banho. — Da um último beijinho na barriga, e sai correndo.

Olho para Gabriel, que foi quem o levou hoje e ele suspira, sentando na outra ponta e colocando meus pés sobre as pernas, iniciando uma massagem.

— Ele chorou na troca de hoje. — Meu noivo contou. — Aquele mesmo processo. Estão cogitando colocar ele pra fazer as duas na mesma sala, porque assim, já troca não causaria tanto estresse.

𝐏𝐞𝐫𝐟𝐢𝐥 𝐅𝐚𝐤𝐞  ━━ GabigolOnde histórias criam vida. Descubra agora