Respirei fundo e me levantei de sua cama, passei as mãos no rosto e respirei mais um pouco.
-Me responde Melissy!- pediu ao se levantar também.
Neguei com a cabeça e olhei além dele.
-Tem medo de mim? Por isso se afastou quando eu me sentei do seu lado naquele dia não foi? Eu não sou como ele Melissy, eu nunca te faria mal, eu mataria só para falar com você, estar perto de você, cuidar de você, eu sinto raiva quando te vejo triste, odeio te ver chorar, eu amo seu sorriso e sua risada, amo quão linda e introvertida você é, amo que odeia educação física, e que sempre me olhava como se tivesse vontade de me esganar, pelo simples facto de eu respirar...- Ele sorriu e eu ri um pouco, Tyler chegou mais perto de mim e segurou uma de minhas mãos, a levando até seu peito.- Eu estou com medo de perder você, sendo que nunca te tive Missy! Por favor, não faz isso, eu juro que nunca te machucaria, eu te amo desde o primeiro dia que te vi, na sala do sexto ano, você era tão linda e quando tentei falar com você me mandou a merda!- ele riu e eu ri também, me recordando daquele dia, eu e minha mãe tínhamos acabado de nos mudar para casa do Jerry, depois de fugirmos do meu pai.
-Tyler...
-Deixa eu terminar Melissy!- pediu e eu assenti, sem nunca desviar o olhar do dele.- Eu sou completamente apaixonado por você desde aquele dia!
Pisquei meus olhos algumas vezes e engoli seco, aquilo não podia estar acontecendo e meu coração não podia estar batendo tão forte, minha mão não podia continuar espalmada em seu peito, seu coração não podia estar tão desesperado quanto o meu, era de mais, era demasiado para processar.
Mais ainda o facto de seu rosto estar chegando perto do meu e de meus olhos estarem fechados, e minha respiração pesada, era tudo de mais para minha mente.
Engoli seco quando seus lábios encostaram nos meus, minha mão se fechou em seu peito e eu senti meu coração na garganta.
Eu nunca tinha sido beijada.
Tyler segurou meu rosto e uma descarga de eletricidade percorreu meu corpo todo quando seus lábios se moveram nos meus.
O gosto de menta que havia em sua boca, passou para a minha e eu apertei seu moletom.
Eu nunca tinha sido beijada em toda minha vida. Senti que meu cérebro ia explodir a cada movimento sicronizado que nós dois fazíamos, eu não sabia como fazer aquilo, mas estávamos em sintonia.
-Puta merda!- Tyler sussurou contra minha boca e sorriu quando colou nossas testas.
-Eu nunca fiz isso antes!- revelei e o loiro se afastou para me olhar.
-Não fode com minha sanidade Missy!- pediu e eu ri um pouco.
-Eu nunca tinha sido beijada antes!- declarei envergonhada e vi o garoto se afastar de mim e rir, nervosamente.
-Puta que pariu, Melissy não faz isso comigo!- o sorriso rasgaria seu rosto se pudesse.- Porquê caralhos é tão perfeita porra!
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa que fosse, o loiro segurou minha cintura e beijou meus lábios pela segunda vez.
-Onde sua tatuagem está?- perguntei em um sorriso e Tyler sorriu também antes de segurar as bordas de seu moletom e o tirar do corpo.
Mordi meu lábio inferior, envergonhada e ri um pouco.
Observei o garoto a minha frente e minha respiração pesou.Engoli seco e tentei apenas focar na tatuagem de uma aranha que ele tinha na cintura.
-Posso tocar?- olhei em seus olhos e o loiro assentiu.
Respirei fundo me aproximando dele e com a ponta dos dedos encostei sua pele. Seu arrepio passou para mim e eu me agachei a sua frente para ver melhor a tatuagem.
-Do caralho!- escutei Tyler dizer e ergui meu olhar.- Não faz isso comigo Missy!- sua voz estava mais rouca que o normal e eu senti um formigamento entre minhas pernas.
Tyler me segurou e fez com que eu me levantasse, o loiro olhou para mim e me beijou.
-Devia ser crime o que você faz comigo!- disse baixo e eu ri um pouco.
-Desculpa!- pedi e foi sua vez de rir.
-Vem, vamos ver essa porra de filme logo, talvez isso me acalme!- eu sabia do que ele falava, consegui senti-lo durante o beijo e pensar nele me fez engolir seco.
Nos deitamos em sua cama e Tyler não se deu ao trabalho de colocar o moletom novamente e eu não me importei nada com isso. Abracei seu corpo e descansei a cabeça em seu peito e dali assisti "Pequena sereia".
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My fault
Teen FictionNão estava tudo bem. Eu tinha 17 anos, não deveria ter que me afastar dos garotos só porque minha mãe tinha feito escolhas ruins. Não deveria sentir medo de me relacionar com eles, ser amiga deles, só porque meu pai era um homem ruim. Mas eu sentia...