38. Ryan Júnior

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Escutei alguém chamar meu nome e franzi meu cenho, me forçando a abrir os olhos.

Era Ryan.

-Vem, eu escutei alguma coisa lá fora!- ele estava de pé ao lado da cama e segurava uma arma.

-O quê? Como assim?- perguntei confusa.

-Fala baixo porra! Veste isso e vamos!- mandou ao jogar sua camisa em minha direção.

A vesti sem perguntar mais nada e o segui para fora de casa.

-Fica atrás de mim!- Ryan sussurrou quando estávamos perto das traseiras e eu obedeci, me colando à seu corpo.

Ele deu alguns passos e eu o emitei, realmente alguém estava lá. Meu coração acelerou e eu senti medo, por não fazer ideia do que estava acontecendo.

-Quem está aí?- Ryan mexeu algo em sua arma e a mesma fez um barulho estranho.- Fica aqui!- ordenou quando ninguém respondeu e andou até perto da piscina.- Filho de uma puta!- o vi revirar seus olhos guardando a arma e andando para longe do meu campo de vista.

Franzi meu cenho, não sabendo e que fazer e esperei o moreno dizer alguma coisa, mas ele não disse, não até aparecer a minha frente com um pequeno felino preto nas mãos.

-Eis aqui o nosso intruso!- Ryan sorriu e eu quase me derreti.

O garoto eraparecido com ele. Tinha pelos pretos e os olhos negros.

-Que fofinho! Ele vai se chamar Ryan Júnior!- sorri empolgada e o moreno franziu seu cenho, mas não reclamou.- Ele precisa tomar banho e comer!

-Vai dar banho num gato?- Ryan franziu o cenho duvidando das minhas capacidades.

-Só preciso dar um sedativo pra ele, já vi um monte de vídeo no youtube!- falei quando já estavamos na cozinha e vi o moreno me olhar com o cenho franzido.- Só faça o que eu mandar Ryan! Me trás um sedativo, deve ter na caixa de primeiros socorros!

-Okay!- ele me entregou o Júnior e eu sorri para o gatinho fofo.

Eu sempre quis ter um animal de estimação quando era mais nova, mas o Malcom nunca deixou. Suspirei e pedi para Deus que dessa vez ele deixasse.

Logo o moreno voltou e trouxe o que pedi.

-Obrigada, coloca só um pouco no algodão e faz ele cheirar, não coloca demais senão ele deimora para acordar!

-Okay patroa!

Ryan fez o que pedi e sedou o gato, que aos poucos perdeu a consciência.

-Pronto, agora vamos banhar e secar ali!- falei e Ryan assentiu, me seguindo escada acima.

Lavamos o Júnior em minha banheira, secamos seu pelo e o deixamos no chão da cozinha, ao lado de uma tigela de leito.

Colei minhas costas ao corpo do moreno, encostado à ilha, e deitei a cabeça em seu peito.

Ryan não reclamou, só riu baixo em meu ouvido e depositou um selinho em meu pescoço.

Me virei para ele e segurei seu pescoço, beijando seus lábios logo em seguida.

-E se o Júnior acordar?- perguntou e eu não consegui não rir daquela frase estranha.

-Eu vou ser rápida!- prometi olhando em seus olhos e o moreno retirou a arma do côs de sua calça, a pousando na ilha e se sentando em um dos bancos altos.

Mordi meu lábio inferior e desabotuei sua calça, enquanto beijava seu abdómen trincado.

-Do caralho!- sussurrou quando apertei seu membro duro, por cima de suas calças de moletom.

O miar do gato fez o moreno fazer uma carreta de frustração e eu ri baixo.

-Desculpa!- pedi ao beijar seus lábios e o moreno que tinha parte do rosto avermelhada, somente assentiu, antes de passar a mão por seus cabelos.

-Eu preciso de um banho!- beijou meus lábios e subiu as escadas sem esperar por minha resposta.

Ri e me ajoelhei perto do Júnior que tinha acabado a tigela de leite em segundos.

Seu pelo estava limpo, cheiroso e macio. O peguei em meu colo e coloquei mais leite na tigela, enquanto esperava o moreno descer.

Quando Ryan desceu, eu estava encarando sua arma prateada, era bonita.

-Me ensina a disparar ?!- pedi e vi o garoto que tinha os cabelos húmidos franzir seu cenho em minha direção.

-Pra quê?- perguntou passando a mão em seus fios preto e eu senti vontade de chupa-lo.

Mas respirei fundo e foquei em nossa conversa.

-Para eu saber!- dei de ombros e o garoto me olhou desconfiado, mas pegou a arma e mexeu algo, que fez um barulho um pouco diferente do que tinha feito da outra vez.

-É simples, isso é o gatilho...- disse como se eu fosse uma lesada e eu o encarei.- Tá!- riu um pouco e voltou a me explicar.

Ele mostrou como se tirava as balas, como se recarregava, como se travava e destravava e depois explicou o que era travar e destravar.

E no fim tirou as balas e me entregou a arma.

-Não pode mirar muito alto e aponte sempre um pouco abaixo do seu alvo okay?- disse me ajudando a mirar em um vaso de cristal.

-Quantos anos você tem Ryan!- Me dei conta de que não sabia seu nome completo.

-Completo vinte daqui a três meses!- sorriu.

-Okay!- pousei a arma no balcão e dei a volta.- E como acabou trabalhando para meu pai?

-Tá tarde né?! Melhor irmos dormir, o Júnior precisa descansar!- coçou sua nuca, mudando de assusnto.

-Okay!- não insisti.

Ryan pegou sua Glock e eu peguei o Júnior.
Nós três subimos as escadas e nos deitamos em minha cama.

-Boa noite feia!- Ele disse baixo e beijou meus lábios.

-Boa noite, Ryan, boa noite Júnior!- me despedi dos dois morenos e fechei meus olhos.

My faultOnde histórias criam vida. Descubra agora