Neguei com a cabeça e indo contra todos meus instintos, eu o abracei.
Eu nunca tinha abraçado meu pai antes. Seu corpo era grande e quente, seus braços envolveram minha cintura e ele me tirou do chão, me apertando contra seu peito musculado.
Eu tinha esperado dezassete anos por aquele momento, para sentir seu corpo, saber como era seu abraço. E com certeza era bem mais do que eu tinha imaginado e naquele momento, tudo resto pareceu não fazer sentido sem ele é tudo que tinha acontecido não tinha mais importância, ainda doía e ia continuar doendo em alguns dias, mas não tinha importância.
Eu senti seu amor naquele abraço. Todo amor que me foi negado, em dezassete anos, eu senti naquele único abraço.
-Senti tanta saudade minha pequena!- ele me colocou no chão, mas não o soltei. Não queria ter que soltá-lo nunca.
Eu sentia falta dele, desde que me lembro por gente. Não sentia saudade do Malcom, mas sim do meu pai, um homem que eu nunca tinha conhecido.
-A Gilia não pode saber que está por aqui, se não ela vai querer fugir de novo!
-Eu sei, por isso te procurei sozinha! Ela deve me odiar!- passou a mão em seus fios dourados e eu sorri para seu tic.
-Sim, ela odeia!- fui sincera, ainda sem soltar seu corpo.
-Você me odeia também?
Sua pergunta me fez suspirar. Não respondi, apenas fechei meus olhos e me perdi em seu cheiro que era realmente muito bom.
...
-Desculpa por sábado, meus pais decidiram fazer uma viagem de família e não deu tempo de te avisar antes!- escutei a voz do Tyler e por momentos me perguntei quando ele tinha se sentado ao meu lado, mas a mensagem nova no chat do meu pai me distraiu e eu ri baixo da foto de visualização única que ele mandou fazendo carreta.
Meu pai era muito lindo.
-Melissy!- o loiro me chamou, mas por mais que eu quisesse olhá-lo, a vontade de terminar de escrever uma mensagem sobre um assusnto totalmente aleatório, para meu pai foi mais forte e eu nem sequer o respondi.
Depois de mandar a mensagem, travei a tela do meu celular e finalmente olhei para o loiro.
Seu cenho estava franzido e sua cara fechada, seus olhos azuis um pouco escurecidos.
-O que foi?- perguntei, sem entender e o loiro arqueou suas sobrancelhas castanhas.
-Nada!- negou com a cabeça e voltou sua atenção para o caderno a sua frente.
Franzi meu cenho por instantes, mas logo dei de ombros e me levantei quando meu celular tocou, era meu pai.
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My fault
Teen FictionNão estava tudo bem. Eu tinha 17 anos, não deveria ter que me afastar dos garotos só porque minha mãe tinha feito escolhas ruins. Não deveria sentir medo de me relacionar com eles, ser amiga deles, só porque meu pai era um homem ruim. Mas eu sentia...