32. O céu, as luas e a...

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Eu dei minha virgindade para o Tyler. Eu não era mais virgens. Engoli seco, de pé no meio do banheiro, encarando minha calcinha ensanguentada.

Pesquisei, e era algo normal de acontecer, mas eu estava assustada, muito assustada, tanto que ignorei todas as chamadas da minha mãe e tentei um milhão de vezes ligar para meu pai, mas nada feito.

-Amor!- Tyler chamou por mim e antes que eu pudesse dizer a ele onde estava, o loiro abriu a porta do seu banheiro.- Ta tudo bem?- perguntou com o cenho franzido e piscou algumas vezes quando percebeu o que estava acontecendo.- Puta merda, eu te machuquei?- questinou preocupado.

-Não príncipe, isso é normal, só preciso de um banho!- respirei fundo e finalmente tirei a calcinha de meu corpo.

-Pode me falar se eu tiver feito algo errado Melissy, não precisa mentir para mim, você tá sangrando porra, não pode ser normal, me desculpa amor, eu nunca tinha feito isso antes, me desculpa, eu te machuquei né, pode me falar, porra, tá doendo? eu...

-Conan!- segurei o rosto do loiro que estava a meio de um surto e olhei em seus olhos.- Você não me machucou, eu pesquisei no google e é normal isso acontecer, okay?! Agora vamos tomar banho!

Ele somente assentiu, beijei seus lábios e segurei sua mão para entrarmos na cabine.

Tyler se virou de costas para mim, para ligar o chuveiro e eu não consegui não arregalar meus olhos para suas costas marcadas.

Cobri minha boca com a mão e pisquei algumas vezes quando ele me olhou com o cenho franzido.

-Me desculpa!- pedi baixo, contendo uma risada e o loiro continuou me olhando sem entender.- Eu posso ter te marcado! Muito!

-Puta que pariu princesa!- disse tentando enchergar suas costas na parede espelhada da cabine.

-Não foi de propósito!- eu ri e ele negou com a cabeça.- Além disse, não precisa se preocupar, eu sou a primeira e única com quem vai transar Tyler Conan!- beijei seus lábios e ele sorriu.

-Eu não me importaria nada de comer você todo dia, o dia todo, Missy!

Tyler me puxou para debaixo da água fria e eu estremeci quando as primeiras gotas invadiram meus cabelos, assim como faziam com os dele.

-Puta merda, sua mãe vai me matar!- o loiro recordou e eu ri alto.

-Ela não precisa saber!- dei de ombros e o garoto sorriu.

-Eu sou uma má influência para você!- negou com a cabeça sorridente e eu beijei seus lábios.

Tyler só não sabia que eu era pior que ele.

Depois que tomamos banho, o loiro me ajudou a secar meus cabelos e me emprestou um moletom, que eu nunca mais ia devolver.

Descemos para comer e eu arregalei meus olhos quando meus olhos cruzaram com uma mulher de estrutura mediana, cabelos castanhos claros e olhos azuis, sentada no sofá da sala.

-Quando vocês chegaram?- Tyler tinha uma expressão séria e estava parado ao meu lado.

-De madrugada, bom dia para você também filho!- a voz da mulher era bonita mas o tom nem tanto.- Não vai apresentar sua amiga?

-Ela é minha namorada e já estava de saída, vem Melissy!- o loiro segurou minha mão e juntos saímos de sua casa.

-Ela é bonita!- falei baixo, quando já estavamos em sua garagem.

Vi meu namorado respirar fundo e encarar o teto.

-Filha da puta, tenho que ir buscar a Taylor!- passou as mãos no rosto e eu suspirei.

-Tá tudo bem amor!- suspirei e o abracei.

Os pais dele deviam ser muito ruins para que sua simples presença o deixasse assim. Eu sei como isso era, sei que dói sentir raiva daqueles que supostamente deveriam ser sua primeira fonte de amor e afecto.

-Vamos!- disse depois de destravar seu Mustang.

Nós dois entramos e Tyler deu partida, depois que o portão da garagem já estava aberto.

...

Me despedi da Taylor e beijei Tyler, antes de descer do carro para entrar em minha casa, mas antes que eu chegasse à porta, meu celular tocou.

E eu arregalei meus olhos. Era meu pai.

-Anjo!- lançou seu charme eu não consegui não sorrir para o nada.

-Eu te perdoo Malcom, só não some de novo por favor!- pedi e escutei ele rir do outro lado da linha.

-Essa é minha garotinha, e ai? Quando vai vir ver o papai?

-Mais logo eu estou livre!

-Então até logo pequena!

-Até!

Respirei fundo e entrei em casa sem conseguir conter e nem disfarçar minha felicidade.

-Estava com seu namoradinho?!- Gilia estava bêbada e quase não se aguentava nos próprios pés.

-Sim!- foi tudo que eu disse.

-Foi divertido?! Deixa eu adivinhar, ele te prometeu o céu, as luas e a...- A mulher caiu na gargalhada e eu franzi meu cenho.

Ela me deu as costas e murmurou algo que eu não consegui entender, mas não tentei muito, apenas passei do seu lado.

-Vou sair!- avisei quando estava perto das escadas e nem me dei ao trabalho de verificar se ela tinha ou não escutado.

deixei minha mãe, que literalmente falava com o ar e subi para meu quarto, para escolher uma roupa para sair com meu pai e claramente, a primeira coisa que eu peguei foi sua jaqueta.

My faultOnde histórias criam vida. Descubra agora