Não. Eu não devia fazer isso. Não devia estar traindo meu namorado, conscientemente, ele não merecia.
Meu cérebro parecia estar em contradição consigo mesmo, confundindo o conceito de certo e errado.
E enquanto eu travava uma batalha interna contra minha consciência, as coisas fugiram do meu controle.
Quando fui ver, seus lábios já estavam em meu pescoço e minha camisa no chão, bem ao lado da sua.
Tudo aconteceu em uma questão de segundos, mal deu para processar.
Sua mão grande apertava um de meus seios, enquanto eu tentava não cravar de mais minhas unhas em suas costas para que ele não sangrasse, mas estava difícil.
E se tornou mais difícil ainda quando Ryan passou a língua por meu mamilo esquerdo, antes de segurar meu seio e o sugar, lentamente.
Engoli seco e tentei me manter firme em minhas pernas, que tremiam um pouco e como se soubesse, o garoto de cabelos pretos, me pegou em seu colo em um só movimento e deitou minhas costas na cama.
Tentei não pensar muito. Nem que eu quisesse conseguiria pensar em algo além dos lábios daquele moreno, que passeavam por minha pele, mas logo subiram, de volta para os meus e eu os recebi de bom grado.
Me assustei quando sua mão invadiu minha calça de moletom e seus dedos precionaram minha intimidade.
-Relaxa!- sua voz soou em um sussurro tranquilizador e eu respirei fundo o sentindo se deitar ao meu lado, ainda com a mão em minhas calças e os dedos contra minha calcinha de renda.
Ryan suspirou profundamente e seu alito que era pura vodka bateu em meu pescoço, ao mesmo tempo que ele fazia movimentos circulares em minha intimidade e eu arranhava de leve seu braço, com a respiração falha.
O moreno voltou a me beijar e dessa vez, eu consegui sentir todo seu tesão, ser precionado contra meu útero. Não demorou muito para que ele baixasse minhas calças.
E só naquele momento é que eu realmente me dei conta do que estava prestes a acontecer, fechei meus olhos, enquanto meu corpo inteiro tremia, sem saber o que fazer, a escuridão inundou meus pensamentos e eu senti uma enorme vontade de vomitar.
Rezei para que aquilo não fosse verdade, pensei em pedir que ele parasse, mas minha voz não saiu, eu abri minha boca, mas não consegui falar.
-Ryan ve...
A voz do indivíduo que abriu bruscamente a porta cessou e eu suspirei aliviada, por termos sido interrompidos, pelo garoto que se virou de costas.
-Filho da puta!- o moreno fechou seus olhos e respirou fundo.- Eu estou ocupado Gary!- Ryan o conhecia e estava irritado com ele, muito diferente de mim.
-É o Reed!- Gary continuava na porta.
-Merda!- Ryan praticamente rugiu, como se aquela frase tivesse mais algum significado que estava fora do meu entendimento.- Desculpa Melissy me dá um minuto!- pediu ao se levantar da cama e eu somente assenti.
Ele podia ficar a vida toda se quisesse. Obrigada Gary.
Esperei que os dois garotos desaparecessem no corredor, me levantei da cama, vesti minhas roupas e saí daquela casa, o mais rápido que consegui, o que não foi tão rápido visto que esbarrei em vários seres humanos.
Quando cheguei à meu carro, dei partida, depois de respirar fundo muitas vezes.
Foi com certeza minha primeira e última vez em uma festa daquelas.
Minhas mãos ainda tremiam mas dava para dirigir.
Pelo espelho retrovisor vi as luzes de um carro da polícia e logo em seguida, uma voz me mandou encostar.
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My fault
Teen FictionNão estava tudo bem. Eu tinha 17 anos, não deveria ter que me afastar dos garotos só porque minha mãe tinha feito escolhas ruins. Não deveria sentir medo de me relacionar com eles, ser amiga deles, só porque meu pai era um homem ruim. Mas eu sentia...