A balada não era tão grande, mas era bastante estilosa. Havia muitos detalhes cromados nas paredes pretas, o que deva um estilo bacana as luzes em tons de rosa, azul e amarelo, que pareciam vir de tidas as direções, inclusive do chão. Marilia parecia muito deslocada, olhando para os lados desconfiada, por isso a Isa e eu nos dedicamos a lhe apresentar alguns copos de tequila antes de nós soltar na pista. Ela recusou dançar e permaneceu ao lado do bar.Maraisa sempre foi minha parceira preferida de balada. Tinha a mesma fome de sacudir o corpo que eu, a mesma sede de álcool, com a diferença de ser menos expansiva quando estava bêbada.
- A Marilia está olhando para você. - Ela disse em meu ouvido.
- Está? - voltei os olhos em sua direção.
Através do pisca-pisca incessante das luzes coloridas e dos corpos em movimento, ela me encarava com o rosto serio e os olhos intensos. Levantou o copo e fez um pequeno movimento com a cabeça.
- Vai lá, claro nela.
- Há.... Não sei não, Isa. Acho que não é uma boa ideia. - especialmente dada a quantidade de álcool correndo em meu sangue. Talvez eu falasse alguma besteira.
- Ah, deixa de ser covarde. Ih, preciso ir ao banheiro! - Ela me deixou plantada ali na pista, indo na direção oposta dos banheiros.
Achei que seria muito rude da minha parte não ir falar com a Marilia, já que tinha ficado ali sozinha, de modo que, meio por acaso, acabei indo parar ao seu lado. Subi no banco alto, apoiando os cotovelos no balcão, de frente para pista lotada.
- E aí, vai ficar de canto a noite toda? - Perguntei.
- Hã.... Acho que encontrei um bom lugar. - Seu rosto examinava a casa noturna. - Bacana isso aqui.
Eu ri.
- Não precisa fingir, Marilia. Eu sei que você não gostou. - Acusei.
- Não, não eu só... tudo bem, não gostei. - Ela sorriu um pouco. - É muito caótico para mim. Gosto de lugares calmos, onde eu possa tomar um vinho e ouvir meus pensamentos.
- Acho que é esse seu problema, Marilia. Você pensa demais, vem dançar. - Levantei-me e tentei puxá-la pelo braço.
- Isso é exigir demais, Maiara. - Ela disse mas sorriu. - Vou ficar por aqui, vãs se divertir.
Frustrada, dei de ombros. Peguei mais bebidas e voltei para a pista. Chocada, olhei ao redor. Ninguém parecia notar como o chão balançava, feito um convés de um iate. Muitas doses depois da Isa voltar, enquanto eu observava Marilia a distância e desviava o olhar quando ela flagrava, ela sempre me flagrava, uma garota se aproximou dela, toda sorridente jogando os cabelos e tocando seu braço numa conversa sussurrada ao pé do ouvido.
De repente, toda a alegria causada pelas dez doses de tequila me abandonou.
- Quero ir para casa, Isa. - Eu disse, com os olhos aida presos na cena se desenrolava entra a Marilia e a ruiva de peitos enormes.
- Tão cedo? Por que agor.... - Ela seguiu meu olhar. - Ah, Meu Deus. São todas um bando de filhas da p....
Alguém me puxou pelo braço.
- Tô te secando faz um tempo gata. - Falou um rapaz de estrutura media e camiseta com a mangas dobradas, provavelmente na intenção de exibir os músculos inexistentes.
- Cai fora. - Com a voz meio enrolada.
O magrelo riu, parecendo deliciado com a minha rejeição.

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Procura-se Uma Esposa
FanficMaiara sabe curtir a vida, já viajou o mundo é inconsequente, adora uma balada e é louca por sua avo, uma rica empresária, dona de um patrimônio incalculável é sua única família. Após a morte de sua vó, ela vê sua vida ruir com a abertura do testame...