Marilia pegou minha mala no carro da Isa e a guardou no porta-malas de seu carro preto, enquanto permaneci ao lado dos meu amigos. O pessoal do escritório deu no pé logo que o almoço no restaurante italiano terminou.
- Tão linda menina, Maiara. Igualzinha á sua mãe nessa idade. - Disse Maze com lágrimas nos olhos. - Até o mesmo brilho nos olhos.
- Verdade? - Perguntei, um pouco emocionada.
Ela assentiu sorrindo.
- Ninguém conseguia ficar triste quando dona Almira estava por perto. Você herdou dela essa alegria, a cabeça oca e o coração puro. - Ela me abraçou apertado, então se voltou para a Marilia, segurou o rosto dela entre as mãos e comprimiu suas bochechas. - Cuide dela e terá meu amor e respeito pro resto da vida. Se magoar essa menina... - Seu aperto se tornou mais forte.
Ela a olhou espantada, o rosto prensado sobre as mãos da Maze, e assentiu rapidamente.
- Não vou magoar a Maiara. - Consegui argumentar.
- Que bom... Que bom... - Ela soltou. - Agora preciso ir, porque aquela jararaca topetuda já deve estar enfiada na minha cozinha, fazendo o quê só Deus sabe.
Eu ria e a abracei. Quando Maze se foi, Marilia disse, massageando as bochechas.
- Ela tem uma mão em tanto.
Dei risada.
- Não foi uma ameaça de verdade.
- Não foi o que me pareceu.
- Relaxa Marilia, ela gostou de você. É só não ficar por perto quando ela estiver usando o cutelo e você vai ficar bem.
Ela assentiu assustada, e tornei a rir.
Isa demorou mas para me soltar.
- Estou com medo, Isa. - Confecei enterrando a cabeça no pescoço dela. Mesmo não tendo comentado com ela os efeitos que Marilia causava em mim ultimamente, já que nem eu mesma entendia o que estava acontecendo comigo, ela sabia. Isa sempre sabia.
- Eu sei. - Ela sussurrou. - E que beijo foi aquele? Deus do céu! Vice tem tanta sorte.
- Deixa de ser boba, eu não quero ficar sozinha com ela. - Eu disse amedrontada com o que aconteceria a partir dali.
- Eu sei, Maih. - Ela segurou meus ombros e sorriu. - Eu só estava tentando descontrair um pouco. Mas acho que não é uma boa ideia eu passara a noite na sua casa. Para todos efeitos, e a sua noite de núpcias. Poderia levantar suspeitas uma amiga passar a noite com vocês, ou no mínimo Seríamos chamadas de pervertidas. - Ela sorriu. - Você vai ter que ser corajosa. Eu te ligo mais tarde, tá?
- Tá.
Ela me deu um beijo estalado no rosto e fiquei observando ela entrar no carro e ir embora.
Quando ficamos sozinhas, Virei-me para Marilia, que estava encostada no capó do carro, os braços para trás me observando. ( veja só ) com o rosto amigável.
- Pronta para conhecer sua nova casa? - Ela sorriu um pouco nervosa.
- Não mas acho que não tem outro jeito.
Ela riu. Entramos no carro, ela permaneceu calada durante todo o trajeto o prédio de classe média. Marilia foi gentil e se ofereceu para levar minhas malas até o elevador. Assim que abriu a porta do apartamento, fez um jeito para que seguisse na frente.
- Bem vinda ao seu novo lar. - Anúncio.
Entrei um pouco acanhada. O apartamento era pequeno, mas acolhedor e organizado. As paredes claras combinavam com os móveis de linhas retas e mordernas. Uma pilha de CDs desalinhados contrastava com o resto da sala, meticulosamente arrumada.
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Procura-se Uma Esposa
FanfictionMaiara sabe curtir a vida, já viajou o mundo é inconsequente, adora uma balada e é louca por sua avo, uma rica empresária, dona de um patrimônio incalculável é sua única família. Após a morte de sua vó, ela vê sua vida ruir com a abertura do testame...