Capítulo 51

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Caleb Nolasco

- É a Catarina.... Minha irmã. – Falo confuso e ela me olha.

- Ela te chamou de querido. – Ela fala e eu limpo uma lágrima.

- Ela tem essa mania idiota. Vamos subir. – Falo segurando a mão dela.

- Melhor eu ir Caleb. – Ela fala e olha para o porteiro.

- Ei. Olha pra mim. Por favor. Você acabou de chegar. Fica comigo. Por favor. Eu senti sua falta o dia inteiro , estava preocupado com você. Fica comigo.... fica.... por favor... – Falo desesperado.

- Não tem mais clima. – Ela fala chateada.

- Eu faço o clima. – Falo e ela suspira.

- Eu estou cansada Caleb. – Ela continua.

- Dorme na minha cama. Comigo. – Falo e seguro a mão dela.

- Como vou olhar sua irmã assim? – Ela aponta para o rosto vermelho.

- Mando uma mensagem para ela se trancar no quarto. – Falo e ela ri.

- Você está de toalha. Tem algum celular ai? – Ela ri.

- Quer ver aonde eu guardei? – Falo de forma maliciosa e sem sentido.

- Idiota. – Ela fala e abraço ela.

- Senhor Nolasco a entrada do prédio não é lugar para isso e não deveria estar de toalha nesse vento. Vai ficar resfriado. – A zeladora fala.

Nós, moradores , temos uma piada interna de que ela mora no meio das plantas por três fatores. Ela tem muitas plantas no apartamento dela, tem muitas plantas espalhadas pelo prédio todo e ela sempre aparece nos lugares e forma misteriosa, sempre no meio das plantas.

- Viu. Vou ficar resfriado por sua culpa. – Falo para Isabella.

- E vai pagar uma multa também se continuar aqui. Nudez em público não pode. – A senhorinha fala irritada mas sem tirar os olhos de mim. – Mesmo que o senhor tenha corpo pra isso.

- A culpa é dela. Essa mulher me deixa louco Dona Zuleide. E não fique me cantando na frente dela. Isabella é muito ciumenta. – Falo e Isabella fica vermelha.

- Suba com a sua namorada e use camisinha. Não quero ver seus filhos. Sem dúvidas vão colocar fogo nesse prédio. – Ela fala me expulsando com as mãos. – E não tem seguro que pague isso.

Seguro Isabella pela cintura e voltamos para a recepção. Ela fica o tempo todo olhando para o chão. Passo pelo porteiro e agradeço. Pegamos o elevador e eu fico olhando pra ela sorrindo sem parar. Eu estava realmente feliz.

- Para de me olhar assim. – Ela fala sem me olhar.

- Obrigado pela surpresa. Obrigado por voltar. – Falo e ela sorri ainda sem me olhar.

Paramos no meu andar e saímos do elevador, ela vai se arrastando até a porta e assim que abrimos Catarina estava sentada no sofá como se fosse dona da casa. Isabella fica parada na porta nitidamente morrendo de vergonha.

- Catarina, essa é Isabella Bacelar. E Isabella essa é Catarina, minha irmã tem péssima mania de me chamar de meu bem, mesmo que eu repita mil vezes para ela parar com isso. – Falo um pouco irritado.

- Isso é o que ele está dizendo. – Catarina sustentava mentira.

- Catarina. Para. É sério. Já conversamos. – Falo e fecho a porta.

- Ela é importante pra você. Eu sei. Mas não gosto dela. Ela não vai te fazer bem. Olha ela Caleb. Vai conseguir manter a vida que ela tem ? O pai dela aprovou esse relacionamento? Já pensou como vai ser entrar no mundo rico dela? – Catarina fala irritada.

- Estou olhando pra ela. Isabella é maravilhosa. O pai dela não sabe do relacionamento, mas se ela quiser ficar comigo eu vou fazer de tudo para merecer estar com ela. Quanto ao mundo dela, eu me adapto. Me deixa ser feliz Catarina. Eu mereço. – Falo e ela fica me encarando. 

- Ela vai te fazer sofrer. Não diz que eu não avisei. – Ela fala e vai para o quarto.

- Desculpe por isso. – Falo e envergonhado.

- Ela conversou com a Ayo? – Isabella fala constrangida.

- Não. Mas são duas doidas. – Falo e seguro a mão dela.- Vem, vou colocar uma roupa.... Ou ...Eu posso tirar essa toalha. – Falo com malícia.

- Fica de toalha. Eu acabei de chegar e sei lá... – Ela fala um pouco confusa.

Catarina passa por nós com a mala de roupa. Para e encara Isabella dos pés a cabeça e depois me olha.

- Estou levando tudo. Vou para a casa da nossa mãe. Não quero ouvir o barulho de vocês. – Ela fala e passa pela porta.

Isabella era rica. Sem dúvidas não estava acostumada com esse drama e esse tipo de comportamento. E esse jeito de Catarina. Ela está a nitidamente constrangida. Se pudesse iria embora, mas estava tentando ser educada.

- Não precisa ir. Eu vou embora. Nós vemos amanhã Caleb. – Isabella fala segurando a mala dela.

- Não... Fica. Catarina vai para casa. – Falo e Catarina me olha de cara feia.

- Fica aí Senhorita Bacelar. Só me promete uma coisa. Quando cansar do meu irmão termina com ele de uma maneira legal, decente, não sei se você entende isso. Mas ele merece. – Ela fala e sai do meu apartamento.

A porta se fecha e eu sinto o clima pesado. Isabella estava olhando para a mala, pensativa. Eu me aproximo, seguro a mão dela e beijo de leve. Seguro o rosto dela e faço ela me olhar. De início ela tenta resistir mas acaba olhando.

- Olha pra mim. Fica comigo. Esquece Ayo. Esquece Catarina. Eu sou adulto, sei me proteger. Vamos dar uma chance para nós dois. Elas podem estar erradas. Me dá uma chance. Vamos tentar. – Imploro desesperado.

- Eu não quero te fazer mal. – Ela fala com lágrimas nos olhos.

- Então não faz. Fica comigo. – Falo e beijo o rosto dela.

- E se eu te machucar com elas estão falando ? – Ela questiona.

- Não vai. Não tem como me fazer mal. Eu estou feliz com você. – Insisto.

Isabella fica parada me olhando. Eu seguro ela pela cintura e beijo o pescoço dela. Isabella coloca uma mão no meu ombro e a outra segura meu braço. O cheiro dela me deixava louco. Começo a beija-la com vontade, eu estava morrendo de saudades. Seguro ela pela cintura e levanto. Vou com ela até o meu quarto e deito ela na cama e fico por cima dela. Mordo de leve o ombro  e Isabella solta um gemido. E como eu amo esse gemido.

- Caleb. Eu preciso tomar um banho. Estava esse tempo todo no avião. Vim direto. – Ela reclama.

- Veio direto? Cadê todas as duas malas? – Pergunto confuso.

- O motorista levou para a minha casa. Fiquei só com essa. – Ela responde apontando a mala.


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