Capítulo 70

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Caleb Nolasco

Isabella estava sentada na minha frente com os olhos fechados. A água estava na temperatura perfeita e nossos corpos estavam satisfeitos. Eu não queria sair desse momento nunca mais. Eu estava me sentindo em paz pela primeira vez. Era uma sensação estranha e boa ao mesmo tempo.

....

O final de semana foi melhor que eu já tive. Dormir todos os dias com ela. Passar o dia com ela. Gastei claro um Dinheiro  que eu não podia. Mas valeu a pena. Desde que montei a minha empresa que eu não tiro férias assim. Era trabalho todo dia. E quando parava para relaxar eu só ficava em casa.

Fizemos passeio de barco, visitamos lugares lindos. Estar com Marina e Raul tornava tudo mais divertido. Raul no final do dia estava sempre muito bêbado, emocionado e falando do quanto estava feliz com as nossas férias. Do quanto valeu a pena ter vindo. Raul não era um bêbado chato como muitos, ou agressivo como meu pai. Ele era extremamente carinhoso. Abraçava todo mundo, queria pagar tudo. Então na último noite ele me chamou. Quase não conseguia ficar em pé.

- Caleb venha .. venha aqui. Mais perto. – Ele falava tentando se equilibrar.

- Vem Raul. Chega de bebida pra você. – Falo ajudando ele a ficar em pé e tirando a bebida da mão dele.

- Eu sou fã de vocês. Isabella... Eu nunca vi Isabella sorrir como sorri pra você. Quero que se case com a minha filha. Ela estava triste até você aparecer. – Ele fala e Isabella fica nos observando de longe.

- Também estou muito feliz com ela. – Fico admirando Isabella.

- Então faremos isso. Vamos casar vocês. VENHA ISABELLAAAAAAAA. – Todos se assustam com o grito dele.

- Calma Raul. Você esta muito emocionado. Calma. – Fico nervoso.

Isabella vem se aproximando com Marina. Isabella era linda, perfeita pra mim. É óbvio que eu me casaria com ela um dia. Mas não seria agora com Raul extremamente bêbado, sem organização e com menos de uma semana do pedido de namoro ser feito.

- Pra que esse grito Raul? – Marina pergunta envergonhada.

- Eu tive uma ideia. Mas acho que não foi boa. Já desistimos. – Ele explica bêbado e desanimado.

- Qual era a ideia? O que iriam comprar ? – Isabella fala seria.

- Não ia comprar nada. Ia casar vocês dois. Mas Caleb acha que não é uma boa ideia. – Ele fala e vai para o bar pedir outra bebida.

- Raul volta aqui. Aquele era o último copo. – Falo vendo ele sair.

- Não é uma boa ideia se casar comigo ? – Isabella fala me analisando.

- Não é isso. – Olho para Raul no bar. – Raul.... – Olho para Isabella me encarando. -  Claro que é. Ótima ideia. Eu só... Só quero ir com calma. – Falo nervoso.

- Não é a hora... Está cedo. – Ela fala entendendo.

- Exatamente. Mas vai acontecer. Eu vou me casar com você. -  Falo e ela sorri.

....

Nosso última dia chegou e voltamos de volta a realidade. Deixei Isabella em casa e fui para a minha. Eu queria dormir com ela mais uma noite. Mas precisava voltar para casa. Está a na hora. Tinha muitas coisas para organizar. Isabella precisava descansar.

Foi uma noite ruim. Eu já estava me acostumando a acordar com Isabella ao meu lado. Tomar café da manhã com ela. Dormir com ela me meus braços. A primeira noite foi péssima.

.....

As semanas se passaram e eu conseguia ver Isabella em dias alternados. Na sexta ela sempre estava exausta da semana. Eu também não estava no meu melhor momento para energia. Raul tinha me indicado a um amigo que estava fazendo uma obra enorme. Seria a primeira desse tipo, um resort. Pelas fotos ele ficaria lindo.

Então comecei durante a semana a organizar a produção de materiais. A fábrica não era minha. Eu terceirizava algumas serviços. Isso era algo que eu queria mudar, precisava mudar. Eu estava pagando alguém para fazer algo que eu sabia fazer, estava apenas usando o espaço e maquinário mais pesado. Eu tinha um fundo da empresa que estava guardando pra isso. Eu não mexia nesse dinheiro por nada no mundo. Quando eu conseguir ter a minha fábrica , vai ser um grande passo para a minha carreira. É algo que eu estou trabalhando a um bom tempo.

Então me organizei para esse pedido, ele precisa sair de maneira perfeita. Esse cara seria a minha oportunidade. Depois dele o meu nome começaria a ficar conhecido, a obra era muito grande e estavam fazendo uma enorme propaganda.  Separei  minha semana para isso. Atender esse novo cliente.

Ao final da primeira semana ainda faltava muita coisa. Eu fiz várias visitas a obra para entender qual produto atenderia melhor, conversei com a empresa de engenharia e consegui deixar meu cartão com ele, para futuras indicações. Corri na fábrica todos os dias para inspecionar o material de perto. Eu sei que estava me cobrando muito e cobrando da minha equipe. Matheus entendia a situação o que foi ótimo. Eu não vi Matheus sério por tanto tempo.

O final da segunda semana Isabella já estava um pouco chateada, mas não falava. Eu expliquei o quanto essa obra era importante. E disse que aí final dela eu iria recompensar esse tempo ausente. Não era o que ela queria, mas isso era muito importante, trabalhei muito por esse momento. Não posso deixar essa oportunidade passar.

No meio da terceira semana minha mãe me chamou para conversar preocupada como sempre. Catarina não estava falando comigo direito. Ainda estava com ciúme do meu namoro com Isabella, mas com toda a correria eu não tive tempo de brigar e fazer as pazes com ela.

- Filho.... Filho. Está me ouvindo? – Ela me olha preocupada.

- Sim mãe. Desculpe.. Estou com muita coisa na cabeça. – Falo encostando no sofá.

- Eu sei. Mas precisa relaxar. Vai fazer um mês de namoro com Isabella..  vão fazer algo? Você está precisando sair. – Ela me olha sorrindo.

- Não sei mãe. Tinha até esquecido disso. Que bom que me lembrou. Eu nem sei o que fazer. Acredito que em duas semanas tudo vai ficar mais tranquilo na obra. Daí eu vou ter mais tempo. – Falo de olhos fechadas exausto.

- Filho eu entendo que essa é uma grande oportunidade. Mas você não está se alimentando direito. Está dormindo no sofá de tão exausto. Precisa realmente disso tudo? – Ela passa na mão na minha cabeça.

- Preciso mãe. Trabalhei muito pra isso. E hoje estou com Isabella, preciso trabalhar mais. – Falo e olho pra ela.

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