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Sophia💋

Eu estava na casa da Isis junto com ela. Tinha vapores cercando a casa e tinha alguns dentro de casa com a gente. Isis estava ansiosa pra caralho, andando de um lado pro outro preocupada. Eu também estava preocupada pra caralho, além do Lima estar correndo risco o tio Gustavo também tinha inventado de ir, desde que eu tinha sido sequestrada ele havia começado a trabalhar na boca, e saber que os dois estavam correndo perigo estava me deixando aflita pra caralho.

Isis: Estou prestes a ter um ataque de tanta preocupação, já são quase uma da manhã custa eles darem alguma notícia? - ela disse andando de um lado pro outro.

Sophia: Fica calma, notícia ruim chega rápido, se tivesse acontecido alguma coisa ruim a essa altura já estaríamos sabendo - falei tentando acreditar no que eu havia acabado de dizer.

Isis: Você tem razão - ela se sentou no sofá - O que nos resta é rezar pra que dê tudo certo.

Sorri fraco e peguei meu celular pela milésima vez pra ver se tinha alguma mensagem, não havia nenhuma.

Respirei fundo tentando me acalmar um pouco, de repente meu celular vibrou e chegou notificação de um número desconhecido.

•Whatsapp•

Desconhecido: (vídeo 00:30) [01h15].

Você sabe muito bem que é você que eu quero, a garota não precisa sofrer por sua causa [01h16].

Se quiser vê-la novamente me encontre no endereço que vou te mandar, venha sozinha [01h16].

***

Bloqueei meu celular e respirei fundo tentando não demonstrar pra Isis o quanto eu estava nervosa, isso só iria preocupa-la ainda mais. Eu não sabia o que iria fazer, mas sabia que não podia ficar quieta, eu não ficaria em paz comigo mesma se soubesse que aconteceu alguma coisa com a Maya por minha culpa.

Mas também eu não seria tão burra ao ponto de ir sozinha, me levantei do sofá e falei pra Isis que iria ao banheiro, dei sinal pra uns dos vapores que estavam na sala fazendo nossa segurança me seguir e assim que ele fez. Assim que chegamos lá em cima expliquei toda situação pra ele e mandei ele tentar falar com o Lima ou qualquer outra pessoa que estava lá.

Vapor: Aí patroa não adianta não, eles tão no meio de uma invasão, ninguém vai responder agora - falou guardando o radinho na cintura após mas uma tentativa falha de falar com alguém.

Sophia: Vamos ir lá então - falei e ele negou - Não vou deixar que aconteça nada com a Maya por minha culpa.

Vapor: Tu tá pedindo pra morrer loira. E o chefe come meu cu se souber que eu deixei tu sair daqui, vai rolar não - cruzou os braços.

Sophia: Eu explico a situação pra ele depois, e se você não deixar eu ir eu vou arrumar um jeito e vou ir sozinha, nem que eu tenha que passar por cima de todos vocês, não esquece que eu sou filha do Coringa, você não sabe o que eu sou capaz de fazer.

Vapor: Caralho como tu é teimosa - falou passando a mão no rosto - Bora então, qualquer B.O que der tu que vai resolver com o chefe depois jaé?

Sophia: Sim eu vou assumir, mas não fala nada pra Isis sobre isso, ela só vai ficar mais preocupada. Pode descer que eu já tô indo, te espero na porta que dá pra área da piscina - falei e ele assentiu.

Fui pro quarto do Lima onde eu sabia que havia uma gaveta cheia de armas, e por sorte eu sabia onde ele guardava a chave. Peguei uma arma e verifiquei que ela estava carregada. Desci correndo e fui pra área da piscina, tinha alguns vapores me esperando lá. Fomos todos pro carro e saímos a caminho da localização que a pessoa havia me mandado.

***

Estávamos quase chegando. Eu estava nervosa pra caralho.

Vapor: Aí qual é o teu plano? Tu não tá pensando em se entregar em troca da garota não né? Por que seria muita burrice da tua parte - quebrou o silêncio.

Sophia: Claro que não. Eu tenho um plano, mas pra isso a gente vai precisar de alguém que já está na missão, a gente nem conhece o local ainda, a chance de nos darmos mal é grande.

Vapor: Tu é maluca garota, tava de boa lá casa do patrão com direito a mordomia de ter até nós te protegendo e quis vir pra cá, lá conserteza deve tá o próprio inferno uma dessas.

Sophia: Eu sei. Totalmente aleatório qual o teu nome? Cansei de te chamar de vapor ou de cara.

Vapor: É Vitor parceira - ele disse eu assenti.

Vapor: Estamos chegando - o outro vapor que estava dirigindo disse pela primeira vez.

Meu coração estava acelerado pra caralho, eu estava com uma sensação ruim, passei a mão no rosto e respirei fundo, o vapor parou o carro e no mesmo instante comecei a ouvir vários tiros e a cabeça do vapor que estava dirigindo praticamente explodiu na minha frente e o que estava no banco do carona levou um tiro no peito. No mesmo instante eu e Vitor nos abaixamos e os tiros não paravam.

Vitor pegou um fuzil e começou a atirar também, abri a porta do carro pelo outro lado onde não tinha ninguém atirando, Vitor deu sinal pra eu sair e logo saiu atrás de mim. Corremos pro lado oposto e Vitor conseguiu acertar tiros em quatro caras, consegui acertar em dois o que deixou o total de dois caras sobrando. Eu e Vitor entramos pela mata e fomos correndo o mais rápido que podíamos.

Conseguimos despistar eles e paramos um pouco pra recuperarmos o fogo, aproveitei pra recarregar a arma. Os barulhos de tiro não paravam, mas vinham um pouco de longe. Olhei pro Vitor que estava com as mãos no joelho e se cabeça baixa, tomei um susto ao notar que a sua blusa estava lotada de sangue e havia um buraco de tiro em seu peito.

Sophia: Caralho você foi atingindo?! Por que não me avisou? - falei desesperada vendo ele cair no chão, tirei minha blusa de frio e comecei a fazer pressão pra estancar o sangramento. Era um pouco fina mas pelo menos o sangramento parou um pouco.

Vitor: Você tem que ir logo - ele disse com dificuldade.

Sophia: Eu não vou deixar você aqui - falei ainda pressionando o ferimento dele - Eu que insisti pra você vir.

Vitor: Não liga pra mim, eu vou morrer de qualquer jeito tu estando aqui ou não. Vai logo porra não seja burra, corre antes que eles achem você, ou a próxima a tá no meu lugar vai ser você.

Sophia: Me desculpa... - falei me levantando - Foi mal mesmo - falei e saí correndo, tentei falar com o Lima e com os meninos pelo radinho mas ninguém respondeu.

No caminho encontrei alguns caras do morro do meu pai, atirei em todos e não parei de correr nem por um segundo. Mas ao chegar em certo ponto tive que parar de correr ao notar que havia vários caras reunidos conversando e todos do morro inimigo. Minha respiração estava acelerada pra caralho, me virei e vi que eles estavam indo embora, mas ao me virar novamente acabei dando de cara com uma pessoa que eu não esperava ver.

Jade: Oi Sophia - ela disse com um sorriso cínico no rosto apontando uma arma na minha cabeça.

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