Fliperama

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—O que caralhos vocês estão fazendo aqui? —Ez pergunta.

—Ficamos presas na porra do banheiro. A porta emperrou e não conseguimos sair. —Respondo. —Eu devo ter batido nessa merda umas cinco vezes, vocês não escutaram não?.

—Claro que não, estamos lá fora. Anda! Sai daí de dentro. —Ele da meia volta, indo em direção ao balcão.

—Lá fora? Por quê? — Falo e saio do banheiro, Lux vem logo atrás. De cabeça baixa.

—Estava muito quente aqui dentro, aí decidimos ir lá pra fora. —Ezreal fala e para, virando para nos. —A propósito, tem um monte de pedidos dos nossos convidados ali. —Ele aponta para fora da cafeteria com a cabeça.

Quando me viro para ver, estavam lá Ekko, Zeri e uma menina de cabelos rosas.

—Essa é a Seraphine? —Pergunto.

—Ela mesma. Agora vem, me ajuda aqui com os pedidos deles. —Ele passa pelo balcão, e continua preparando um café.

Antes que eu o seguisse, me viro para trás, para poder ver a loira a qual quase beijei.
Ela olhava para Ez, parecendo prestar atenção no que ele fazia, mas assim que me viro pra ela, a mesma me olha de volta.

—Erh... você.. vai querer alguma coisa? —Pergunto.

—Pode ser um Cappuccino gelado. —Ela me olhava, mas ainda mantinha a cabeça baixa, parecendo envergonhada.

—Está tudo bem?

—Sim... está tudo bem. —Ela pisca algumas vezes, como se quisesse manter a cabeça na realidade.

—Tá bom então. Quando o Cappuccino estiver pronto eu levo ele pra mesa, certo?

—Certo, obrigada. —Lux fala e da aquele sorriso bobo dela.

Deus, como eu me amarro nesse sorriso.

Ela sai da cafeteria e se encaminha pra mesa onde todos estavam sentados. Eu passo pelo balcão, pegando um copo e começando a fazer o Cappuccino.

Mas o único momento de paz que eu tive – segundos na verdade – não durou muito.
Quando me dou conta, percebo um rosto no meu campo de visão. Quando me viro, lá estava ele, com um sorriso de orelha a orelha.
Olho para Ezreal, que esperava ansioso eu dizer alguma coisa.

—E aí? —Ele diz finalmente.

—"E aí" o quê?

—Como assim "o quê"? Vocês duas ficaram muito tempo lá dentro. Aconteceu alguma coisa?

—Não! —Falo enquanto ando, preparando o cappuccino.

—Não!?

—Eh.. sim... eu não sei. —Torno a preparar o café. Confusa demais com o que acontecera.

—Você "não sabe"!? Jinx, cê só pode tá brincando comigo. O que aconteceu naquele banheiro?

Essa pergunta me pegou desprevenida.

O que caralhos aconteceu naquele banheiro?

Nem eu sei explicar. Foi uma mistura de sensações. Medo, aflição, felicidade, TUDO.
Eu não sabia por em palavras o que senti naquele momento. Mas sei que quero que se repita muitas outras vezes.

—A gente começou a conversar e falar sobre as cidades e sobre música, e aí... quando eu fui ver... a gente já tinha pulado algumas etapas.

—Entendo. Vocês começaram a usar a boca pra outra coisa sem ser conversar.

O Peso da Liberdade: Uma história de Zaun & PiltoverOnde histórias criam vida. Descubra agora