Estilhaços

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Ekko

Não se sabe o que aconteceu, nem o que passou pela cabeça de Jinx. Mas uma coisa era certa, algo grave havia acontecido. Uma ligação, e de repente, Jinx marchava para o longe, irritada e prestes a chorar. Imagino que nenhum de nós, os quais ficaram atônitos na neve, tentou entender o que se passava. Um acordo mútuo de que não valeria a pena convencê-la a ficar.

Virei-me para trás, esperançoso de que Vi tivesse respostas. No entanto, ela parecia tão perdida quanto eu. Ezreal, de nós três, era o mais confuso. Olhava de Vi para mim e vice-versa.

— O.k... Alguém pode me dizer o que que houve?

— Acho que todos gostaríamos de saber. — falou Vi, lançando-me um olhar confuso.

— O quê? — perguntei. — Não me olhe assim. Não sei o que deu nela. Você quem deveria saber das coisas.

— Se ela me dissesse as coisas, talvez eu fosse capaz de ajudar. Ezreal? — ela perguntou a ele, que deu de ombros. — Maravilha.

— Parece que foi algo com Lux. — disse, lembrando-me da expressão de espanto de Jinx ao ouvir alguma coisa do outro lado da linha. — Mas ela ligou de outro número.

— Espera, Lux? — perguntou Ezreal, virando-se rapidamente. — Lux ligou para Jinx?

— Você tá prestando atenção na conversa, por algum acaso? — ironizou Vi, visivelmente irritada.

— É, bom, a conversa de minutos atrás nos disse que Jinx não estava disposta a falar com Lux. Olhe ela agora. — ele apontou na direção em que ela foi. — Coisa boa não é.

— E o que faremos? — perguntei, olhando para Vi. Ezreal seguiu meu movimento e percebi que ambos dependíamos de uma explicação meramente razoável.

Vi respirou fundo. Continuava olhando na direção a qual fora Jinx, talvez torcendo para que ela voltasse. Como não foi o caso, ela simplesmente balançou a cabeça e endureceu o olhar.

— Vamos manter o plano. Ezreal e eu ainda podemos ir aos Portões Solares. Você... Bom, você, Ekko, pode continuar com o que pensa em fazer. Imagino que não seja má ideia.

Ezreal assentiu para ela e me olhou como se esperasse uma resposta minha. E pela primeira vez, não sabia o que deveria fazer.
Está bem, eu sempre resolvia as coisas no improviso, mas agora? Era diferente. Coisas sérias estavam acontecendo e estávamos completamente divididos. Mas não importava. Eu daria um jeito.

— Está bem. — falei decido, tirando um sorriso de Ez. Talvez tivesse valido a pena minha atitute. — Mas acho que pularei umas etapas do plano. Deixarei a usina Wattlick para o final. Primeiro, farei uma ligação.

— Seja como for, espero que dê certo, chefinho. — disse Vi. Olhou para Ezreal e indicou o outro lado da rua com a cabeça. — Vamos. E é melhor você saber o que fazer.

Ele assentiu mais uma vez enquanto Vi tomava a dianteira, andando mais devagar ao perceber que ele ficara para trás para falar comigo. Apesar do frio que fazia, senti o rosto queimar ao o ver sorrindo.

— E aí? No que está pensando? — disse ele.

— Ligarei para Seraphine. Talvez Jinx tenha razão pelo menos nisso. Envolver Zeri seria um perigo. — falei. — Ela não aceitaria não ajudar.

O Peso da Liberdade: Uma história de Zaun & PiltoverOnde histórias criam vida. Descubra agora