O Peso da Liberdade: Uma história de Zaun & Piltover

Você de novo!?

O dia de ontem foi muito legal, mas se o dia anterior á esse já tinha sido cansativo, ontem foi 3 vezes pior.
Quando cheguei em casa, a única coisa que lembro de ter feito com clareza foi tomar um banho e ir dormir.
Mas querendo ou não, foi divertido.

Meus amigos voltaram, os dois, tanto Zeri quanto Ekko; tinha descoberto que o senhor Lymere iria viajar, logo, Ez poderia muito bem dar uma de doido e fazer alguma coisa naquela casa; e tinha me encontrado com a tal Luxanna duas vezes durante o dia. O que pra mim era muito, visto que eu tinha conhecido ela ontem mesmo. 
Queria poder conhecê-la melhor. Não que eu tivesse tido a chance, ainda, mas talvez, se a parceria do tio do Ez e do pai dela fechassem, nada me impediria de pedir um empurrãozinho pra ele.

Quando me dou conta, já estou acordada, olhando pra cima, pensando em tudo que me aconteceu ontem. Tantas coisas e informações que meu cérebro não era capaz de processar tudo da noite pro dia.
Olha no telefone para ver o horário ou até mesmo alguma notificação.

Já eram 11:25 da manhã, e me surpreendi quando vi a quantidade de mensagens que tinha.

Ez: Tenho uma coisa pra te contar, mas só se tu for pra café's.

Ekko: peguei teu número de novo com a Vi. Salva o contato aí, faz favor.

Zeri: Ekko me passou teu número. Você chegou a abrir o presente que eu te dei?

Vi: Dormi fora hoje, na casa da Cait, talvez ela vá pra casa hoje.

Espera, a namoradinha da Vi vem pra cá?

Ih alá, já tá com ciúmes?

Meu eu interior volta, de novo, para me encher o saco. Mas dessa vez eu o ignoro, visto que ainda tinha um presente para abrir.
Me sento na cama, agora finalmente descansada. Pronta para descer, tomar um café e achar o presente.
Mas assim que levanto a cabeça, consigo ver a sacola que Zeri havia me entregado ontem em cima da escrivaninha.
Me apresso e pego o presente, ansiosa para saber o que era. Tiro a caixa de dentro e, pelo formato, parecia ser um sapato.

Isso que eu chamo de amiga.

Assim que termino de abrir o embrulho, é quase inevitável o sorriso que se forma no meu rosto.

Um lindo All Star preto, com detalhes que pareciam ser pequenos planetas e constelações nas laterais.

Eu tinha comentado com ela, antes de sua viagem, que os meus sapatos estavam a um passo da extinção. Até porque eu não tinha muitos, então eram sempre os mesmo.
Pego o telefone e mando uma mensagem pra ela.

Jinx: Acabei de ver o presente. É LINDO.

Zeri: Ai, que bom que gostou. Juro, assim que bati o olho nele lembrei de você. Já vai usar hoje?

Jinx: Pro trabalho, talvez.

Zeri: Hum, trabalho hoje é? Que horas?

Jinx: Começa às 14 horas, vai até às 17.

Zeri: Ótimo! Pode me esperar que eu apareço por lá.

É, parece que vou ser quase que obrigada a tirar aquele chapéu pra não ser alvo de bullying dela.

Quando a coragem de levantar da cama finalmente veio, tomei um banho, me arrumei e desci.
Vander não estava em casa, provavelmente tinha ido trabalhar, e sabe lá Deus que horas ele voltaria. Muito menos a Vi. Parece que a casa está só pra mim agora.

Me encaminho até a cozinha na busca de achar um resto de comida, ou talvez alguma coisa para beber. Quando chego perto da geladeira, consigo ver um recado na porta, pendurado por um imã.