Scary Movies

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Jinx P.O.V.

Dor.

Era essa a palavra que eu usaria para descrever minha situação. Era como se tivessem dado uma porrada tão forte na minha cabeça, que eu apaguei imediatamente; e acho que por pouco não fico paraplégica. Minhas pernas estavam doloridas e meu pescoço ardia. Ou melhor, todo meu corpo parecia queimar, principalmente minhas coxas e entre minhas pernas.

Eu não sinto minhas pernas! Eu não sinto minhas PERNAS!

Abro o olho com uma dificuldade imensa. Queria voltar a dormir, mas não simplesmente, dormir, queria dormir com ela. E ela não estava aqui. Dou uma olhada de relance no quarto, percebendo as roupas jogadas no chão e os lençóis da cama bagunçados. Me dei conta de que a porta o banheiro parecia estar aberta; me apoio com os cotovelos na cama, com uma certa dificuldade já que, minhas costas também doíam.

—Lux? —Chamo, me sentando na cama.

O quarto estaria totalmente silencioso se não fosse pelo ruído do vendo que entrava pela janela; tiro as cobertas de cima de mim e coloco o pé no chão para poder levantar.

Péssima decisão.

A força que tem que fazer para levantar da cama era inexistente, quando tentei, senti uma pontada muito forte na costa, o que me fez voltar a cama imediatamente.

Esfrego os olhos e olho para o cômodo ao qual me encontrava, só então percebo algumas roupas na beira da cama. Difícil dizer se eram de Lux ou se já estavam aqui; até porque, contar que eu lembrasse o que aconteceu ontem a noite era o mesmo que nada. Me apoio no espelho da cama e me levanto com uma puta dificuldade. Sentia como se minhas pernas fosse uma enorme gelatina e eu pudesse cair a qualquer momento.

Estava sem roupa alguma, nem parte de baixo, nem parte de cima, nem porra nenhuma. Vou até as roupas que estavam dobradas a beira da cama e pego-as, analisando de quem seriam. Não pareciam ser de Lux, muito menos minhas. Coloco a camisa com facilidade, mas ter que levantar a perna para por o short foi doloroso. Sentei na cama de novo e finalmente conseguir o colocar.

Rumei até o banheiro, que tinha a porta entreaberta, e me deparei com o cômodo completamente vazio. Vou até a torneira e molho meu rosto, na esperança de parecer mais um ser humano que um zumbi. Levanto a cabeça para olhar-me no espelho, tomando cuidado para não me assustar comigo mesma.

Era um situação deplorável; meu cabelo até podia não estar um dos melhores, mas, comparado ao resto de mim, ele com certeza era o que ganhava. Tinha olheiras profundas, minha boca estava inchada, e meu pescoço então!?

Tinha roxuras por todos os lados, marcas de mordida e principalmente vermelhos. Levanto a camisa, o suficiente para aparecer somente a barriga. O estado catatônica que eu me encontrei assim que vi a situação é indescritível. Não só roxuras, mas marcas de arranhões também. Se aqui em cima está assim, imagina lá embaixo...

Abaixo a camisa, desesperada. Se alguém visse isso iriam pensar que fui comida viva.

Se bem que você foi né? Comida viva com violência.

Ajeito meu cabelo na tentativa de esconder as marcas da noite passada, mantendo-o solto. Saio do banheiro e vou em direção a porta que dava ao corredor; me deparando com uma barulheira lá embaixo. Todos já estavam acordados, que maravilha! Vou chegar lá desnorteada e machucada. Torço para Deus não deixar Ezreal perceber isso.

Desço as escadas – com dificuldade – me apoiando aonde desse. Chego a entrada da sala, o pessoal todo estava sentado nos sofás, discutindo alguma coisa ao qual não fiz questão nenhuma de saber, eu só pensava em uma coisa. Vê-la.

O Peso da Liberdade: Uma história de Zaun & PiltoverOnde histórias criam vida. Descubra agora