Seis é par | NSFW

152 15 95
                                    

Rough sex on the bedroom floor
Hop in the shower, she begging for more
Do not disturb on the hotel door
Waking the neighbours
All I want is champagne and sunshine
[...]

Champagne & Sunshine - PLVTNUM.

{• • •}

As ruas estavam escuras, sendo iluminadas por lampejos amarelados de postes de luz os quais passavam como raios na minha visão. A chuva fina e rala que caía passara a encharcar minhas roupas, molhando meu cabelo, juntamente do rosto. E embora fizesse frio, eu me sentia atraída pelo completo oposto.

Lux, que vinha atrás de mim — literalmente —, me segurava com força, como se eu fosse escapulir por entre seus dedos. Sua cabeça repousava no meu ombro, quase como se pedisse para que eu fosse mais rápido; com o intuito de chegarmos em nosso destino, seja lá ele qual fosse, acelerei com a moto.

Piltover, certamente, não era o lugar ideal; apesar dos hotéis luxuosos e chiques, nenhum deles se comparava ao que era Zaun nesse quesito. Sem dúvidas, qualquer pequeno bordel zaunita já era mais que o suficiente — e muito melhor preparado.

Atendi ao pedido silencioso de Luxanna e parti em direção à Zaun. Apesar do horário, no entanto, carros circulavam pelas ruas, e ao nosso ver, zunidos coloridos eram deixados para trás ao passarmos por eles em alta velocidade.

O ribombar da moto cessou ao chegarmos em um prédio velho. A porta, vermelha e esfarrapada, que a princípio ninguém daria nada, era nosso destino final. Uma pequena fresta da altura dos olhos, ao chegarmos perto o suficiente, se abriu com rapidez, revelando dois olhos intrigados.

A pessoa olhou-me e franziu o cenho; mas ao repousar os olhos em Luxanna, encarou-a de maneira desleixada e a indicou, como se quisesse dizer: E quanto a essa daí?
Olhei para Lux, que estava tão confusa quanto; olhava para todos os lados e parecia preocupada. Tornei a encarar os olhos por detrás da porta, e assenti.

— Ela está comigo.

Os olhos se reviraram; a portinhola se fechou, e esperamos.

— Que lugar é esse? — perguntou Lux.

— Você vai ver.

Não demorou muito e a porta foi aberta, revelando, no interior, uma grande passagem que guiava a uma recepção. Lâmpadas em tons quentes pendiam das paredes, puffs e sofás eram vistos com pessoas rindo e conversando. Agarrei a mão de Lux e me direcionei a bancada da recepção. A mulher, que uma hora estava concentradíssima em sua revista, ergueu os olhos sob o óculos pequeno e circular na minha direção.

— Quartos? — disse eu.

A recepcionista olhou de mim para Lux, arqueou uma das sobrancelhas e tornou a me olhar. Visualizei Lux sobre o ombro e desejei que ela percebesse que a mulher tinha certa desconfiança com ela. Apertei sua mão e indiquei com a cabeça para que ela prestasse atenção no que conversávamos ao invés de encarar as demais pessoas.
A mulher revirou os olhos e ergueu a mão para alcançar uma chave pequena.

— Quarto 211. — disse ela com voz arrastada.

Tirei do bolso duas notas e deixei sob a bancada; a recepcionista me olhou com desgosto, mas tudo o que fiz foi inclinar a cabeça para o lado e sussurrar:

O Peso da Liberdade: Uma história de Zaun & PiltoverOnde histórias criam vida. Descubra agora