Problemas afetivos

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Jinx P.O.V

Eu estava acabada. Porém feliz, satisfeita. Me encontrava deitava em Lux, sob os edredons macios de sua cama. Os raios de sol iluminavam o quarto em um tom esbranquiçado lindo de se ver. Eu traçava linhas no peito descoberto da loira, descia e subia, vendo as marcas que haviam sido deixadas por mim esta madrugada em sua pele branca e pálida. Ah, como eu gostaria de reviver aquele momento. Seu tom de súplica, a ânsia por mais e o jeito que olhávamos uma para a outra era coisa de outro mundo.

Senti sua mão deslizar até a minha, segura-la firme. Ergui o olhar e a loira sorria, porém mantinha os olhos fechados. Ela repousou a cabeça na minha e abriu uma frestinha dos olhos.

— Bom dia. — disse-me ela.

— Bom dia. — respondi.

Lux virou-se para mim e me abraçou como se eu fosse sair correndo assim que ela se desse conta. Besteira. Abracei-lhe e senti meus dedos roçarem sua costa; uma pele macia e bem cuidada como aquela não poderia ser tocada por qualquer uma. E eu não era qualquer uma. Eu era dela.

— Preciso que me leve para casa. — eu disse, com a cabeça ainda afundada nela.

— Mais já? Não vá ainda. Fique mais um pouco.

— Para seus pais me pegaram aqui? Lux, preciso ir trabalhar. Não tenho roupas, escova de dente, nem nada. Por favor.

— Não me implore deste jeito. — disse ela. — Senão serei obrigada a aceitar.

Com um beijinho na testa, ela se afasta. Me olhou e sorriu.

— Deixe-me trazer algo para você comer. Posso descer e subir com uma bandeja pronta. Do que você gosta?

— Você me dará outra opção? — perguntei.

— Estou lhe dando a opção de ficar e dormir mais um pouco, ou esperar até eu lhe trazer algo para comer. Daqui, você não sairá.

Assenti e enfiei a cabeça nos peitos dela novamente, sendo firmemente abraçada.

— Torradas...? — disse.

Oui m'dame. — em um pulo, ela se levantou da cama. Sem roupa nenhuma, Lux caminhou até o guarda roupa e o abriu, procurando algo para vestir.

— Que bela vista. — brinquei. A loira soltou uma risada nasalada e me olhou por cima do ombro.

— Você precisava ver a visão que tive de você esta madrugada. Como era mesmo? Ah, não pare, por favor! — brincou ela, em uma inconveniente imitação minha. Joguei-lhe um travesseiro e ela riu.

— Cala boca! Você exagera demais as coisas. — respondi.

— Oh, perdão se você não escuta a si mesma.

Luxanna pegou um roupão de seda azul e vestiu-o, amarrou um laço em frente a barriga e ajeitou o cabelo antes de vir me dar um beijinho para, finalmente, destrancar a porta e descer as escadas. Agora, sozinha no imenso quarto da loirinha, fiz questão de dar uma explorada. Ainda sem roupas, andei até o banheiro e me dei uma olhada no espelho, e para minha surpresa, eu não estava tão ruim assim. Ajeitei o cabelo e tentei não prestar atenção nas marcas de mordida no pescoço.

Então fui procurar o mais óbvio. Meu celular. Perdido no meio das roupas que foram despidas ontem, o pobre se encontrava no bolso da calça, jogado ao chão. Com ele quase sem bateria, abri somente as mensagens para ver se algo de importante fora citado enquanto eu e Lux praticarmos um ato sujo. No geral, apenas notícias da cafeteria e uma de Vi, que perguntara se eu estava bem e que precisávamos conversar.

O Peso da Liberdade: Uma história de Zaun & PiltoverOnde histórias criam vida. Descubra agora