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Jinx P.O.V

Noite passada, antes de dormir, fiz questão de provocar Luxanna. Sabia que atiça-lá me traria prejuízos... dos grandes; mas o prazer que sentiria seria indescritível. Queria lhe dar o mesmo prazer que ela me dera uma vez, agora, comigo lúcida o suficiente para fazê-la se sentir tão bem quanto eu.

Ela parecia um pouquinho fora de si quando conversamos. Primeiro imaginei que seria algo relacionado ao jantar que ela disse que teria, depois, pensei que fosse somente a adrenalina subindo. Dormi pensando nisso, ou melhor, nela e sobre o presente que ela disse que me daria. Quer dizer, talvez eu desse pra ela, mas isso não vem ao caso.

* * *

Acordo com um susto, um peso repentino na cama me fez levantar assustada. A luz do abajur estava ligada e Vi acabara de se jogar em cima de mim.

— Vi!? — Falo, ainda com a visão embassada.

Ela tinha um sorriso no rosto e estava deitada de lado, com o rosto virado para mim.

— Feliz aniversário! — Ela diz e boceja.

— Que... que horas são? — Esfrego os olhos, normalizando a visão novamente para olhá-la.

— São... — Ela levanta o celular para perto do rosto e cerra os olhos. —... Duas e vinte de manhã.

Vi abre um sorriso animado e se rasteja até o travesseiro ao lado. Sorrio para ela de volta, que me olhava animada.

— Você está duas horas atrasadas para o feliz aniversário. — Falo.

— Eu acabei pegando no sono. Mas o que importa é que eu estou aqui e fui a primeira a dar parabéns. Como sempre.

— Você sempre é a primeira a me dar feliz aniversário, Vi. Só teve uma vez que não foi você.

— É! Por causa daquele leso do Ezreal! Quem acorda meia noite para dar feliz aniversário à alguem? — Vi gesticula com as mãos.

— Olhe só você aqui, duas e pouco da manhã e está deitada na minha cama depois de me dar parabéns.

Ela se cala e me olha de relance, balançando a cabeça negativamente logo em seguida.

— Mas eu mantive a tradição.

— Você teve sorte de que larguei o telefone um pouco depois da meia noite, então não deu para ver as mensagens.

— Ótimo! Mas vou fazer algo diferente agora. — Ela se senta num pulo e se vira para mim. — Vem cá, quero lhe dar uma coisa.

Vi levanta da cama e vai em direção a porta do quarto, abrindo-a e esperando que eu faça o mesmo. Reviro os olhos e lhe lanço um sorriso bobo; ela sai do quarto e eu a sigo, indo em direção ao seu. A porta estava escorada, o que fez Vi entrar bem rápido no quarto e parar assim que entra. Acompanho seus movimentos, parando ao seu lado.

Olho de relance para ele, num todo, tentando notar o que ela queria me mostrar. Só então, percebo a diferença nas paredes do cômodo. Onde antes haviam pôsteres de bandas e filmes, agora, alguns poucos pedaços de fita se salientavam nas paredes brancas do quarto.

O Peso da Liberdade: Uma história de Zaun & PiltoverOnde histórias criam vida. Descubra agora