Irmãos Poingdestre

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Acabara de acordar de um sonho maravilhoso! E, lógico, envolvia Luxanna. Era como se nós nos conhecêssemos a anos, amigas de infância, sendo mais específica. O único problema, era que como se algo nos impedisse; não me lembro o que era, mas sabia que era apavorante, o medo de perdê-la e nunca tê-la ao meu lado era um peso ao qual não conseguia me libertar. E, até mesmo quando eu acordei este sentimento continuou.

O que mais me incomodava era o fato de que isso não era impossível, pelo menos, não depois de Lux ter agido extremamente estranha de um minuto pra outro ontem a noite. Esfrego os olhos e me sento na cama, revelando, por baixo do lençol, a pelúcia de tubarão a qual dormia comigo. Pego meu celular na esperança de ter alguma mensagem dela, mas nem sinal de vida da garota. Fico um tempo encarado a conversa que tínhamos tido ontem, tomando coragem para mandar mensagem à ela. Não podia deixá-la sem um bom dia. Não é?

Este pensamento toma conta da minha cabeça, então me apresso em lhe mandar uma mensagem.

Bom dia, loira.
Você tá bem?

Lux não respondeu. Pelo menos, não de imediato. Deixei o celular de lado e voltei ao mundo real. Gostando ou não, ainda era obrigada à ir ao trabalho. E ainda pior, o Dia do Progresso estava se aproximando.

Fui ao banheiro, lavei meu rosto na pia e olhei para mim mesma no espelho. Não estava com uma aparência tão cansada se comparada aos outros dias. Mas, assim que despertei por completo, lembrei-me do pequeno incidente que acontecera ontem a noite. Quando Vander apareceu parado ao lado de fora de casa, assim que nos viu, veio eufórico ao meu encontro.

"Por que não me disse que estava com uma menina aqui em casa?"

"Vander! Não era nada de mais, está tudo bem."

"Nada de mais? Powder, não se esqueça que convivi com sua irmã! Sei reconhecer quando uma garota gosta de outra."

"Foi só um abraço!"

"Um abraço...? Está certo então, amanhã conversaremos sobre isso!"

Amanhã conversaremos sobre isso. Ele disse. Aquelas palavras eram o meu terror. Tive sorte de Vi ter percebido e não ter de chamar ela para conversar. Mas, se ela já tinha ficado curiosa, imagina Vander. Não que ele já não esteja acostumado, até porque, Vi não foi um choque tão grande quando se assumiu. Estava bem óbvio, na verdade.

Volto para o quarto e me arrumo, lembrado especificamente de pegar o fone. Dou mais uma olhada no celular, na esperança de ter resposta de Lux; mas sem sucesso.

Desço as escadas, me deparando com Vi sentada, ou melhor dizendo, jogada, ao sofá. Ela tomava café e conversava com Vander, que estava no outro extremo do sofá com alguns papéis em mãos.

—Pensei que fosse chegar só mais tarde. —Falo, fazendo eles me olharem.

—Decidi vir mais cedo. Até porque, soube da notícia que você estava namorando uma loira. —Ela da um sorriso sínico.

—Ah, sua fingida! —Dou um empurrão em sua cabeça, fazendo ela arredar e abrir um espaço para me sentar no sofá.

—Powder. —Vander me chama, o que faz um calafrio percorrer meu corpo. —Que história é essa?

—É, Powder! Não sabia que você gostava de loirinhas! —Vi continua falando, o que me faz dar um outro empurrão nela.

—Ela não é minha namorada, se é isso que vocês estão pensando! —Falo, ainda tentando me desvencilhar de Vi.

O Peso da Liberdade: Uma história de Zaun & PiltoverOnde histórias criam vida. Descubra agora