O apartamento número 516

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Minha vontade de levantar para ir trabalhar era igual a zero. Minha disposição era negativa e só de pensar em ter de lidar com os clientes já era o suficiente para me fazer desistir de levantar da minha cama, que por algum motivo, parecia bem mais confortável agora.

Levantei contra minha vontade, esfregando os olhos e olhando pela janela. O sol já estava bem forte, deixando bem claro que era pra levantar agora ou nunca. Vou em direção ao banheiro, quase me arrastando, e tomo um banho rápido, apenas para poder me espertar um pouco.

Saio do banheiro e me olho no espelho, prestando atenção ao pescoço ao qual, agora, não possuía maquiagem. Fico feliz em dizer que melhorou bastante desde sábado; os roxos já estavam se "apagando" e os vermelhos podiam ser qualquer coisa, então não é um problema tão grande assim para se preocupar.

Antes de descer para tomar café, pego meu celular e dou uma olhada nas mensagens.

Lux: Bom dia! 😊

Jinx: Bom dia! Já esta acordada?

Lux: Ainda não me acostumei 100% com a diferença de horário. E lembrei que você trabalha de manhã, então resolvi mandar um oi!

Jinx: Oi pra você também, loirinha.

Jinx: A propósito, estou estudando francês agora. Real oficial.

Lux: Já não estava antes?

Jinx: Sim, mas eu vou me empenhar dessa vez! Você vai ver.

Jinx: Preciso ir agora. Muito trabalho pela frente.

Lux: Então tá bom, Mon cher!

Lux: 😊

Jinx: Au revoir, mon amour.

Lux: Aí, aí, você e esse francês.

Jinx: Prove do próprio veneno, loirinha.

Depois que eu larguei o telefone foi que percebi o sorriso que formara no meu rosto. Essa loira ainda vai ser o motivo dos meus surtos – se é que já não está sendo.

Desço as escadas e vou para a cozinha. Me deparando com Vander preparando o café. Assim que percebe minha presença, ele se vira e da um sorriso.

—Bom dia, Powder! Acordou cedo.

—Meu turno começa às nove, hoje. Estou atrasada, a propósito. —Respondo, pegando uma xícara e me servindo o café. —Onde está Vi?

—Ainda não acordou. Ela disse que iria sair mais tarde; só não sei pra onde.

—Espero que ela não vá pro concerto de novo. Não aguento mais a moto dela quebrando.

—Não aguentamos —Ele da um risinho.

—Oh, droga! Já estou atrasadíssima. —Olho o relógio em meu pulso, mostrava 8:50.

—Aqui, pegue isto. —Vander me entrega uma garrafa térmica. —Melhor do que não tomar nada.

—Oh! Obrigada! —Ponho o café que havia pegado na garrafa, fechando-a e colocando na lateral da mochila. —Bom, já vou indo.

O Peso da Liberdade: Uma história de Zaun & PiltoverOnde histórias criam vida. Descubra agora