Um... interrogatório...?

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Estava sentada na mesa do quarto, o computador estava ligado em algum site que ensinava francês. Se eu prestava atenção? Não. Na verdade, meu celular parecia bem mais importante agora. Até porque, as informações e vazamentos que aconteceram sobre o próximo fim de semana me chamaram muito mais atenção.

O dia do progresso, além ser um lugar certeiro para se fazer negócios, também era um fim de semana para diversões. As mães iam com seus filhos, tinham brinquedos, barraquinhas de comida e esse tipo de coisa. Isso acontece a muitos anos; e, agora, este fim de semana estava prometendo muita coisa. Não só pessoas de fora, como sempre acontece, mas também os burgueses de Zaun. Eles não são chamados de burgueses, necessariamente; estão mais para Barões.

Zaun foi excluída por muito tempo do comércio com Piltover, e receber a notícia de que os zaunitas também seriam bem vindos ao dia do progresso, e estariam autorizados para realizar trocas, era uma notícia e tanto. Mandei mensagem para Zeri e Ekko assim que soube da informação. Ambos já estavam sabendo; Zeri me avisou que seus pais iriam estar lá com sua oficina. Ekko falou que Inna e Wyeth estariam por lá trabalhando.

Zeri

Zeri: Papai só faltou pular de alegria quando a notícia saiu.

Jinx: E por que você não está feliz também?

Zeri: Estou preocupada. Sei que isso pra eles é muito importante. Mas mesmo assim, pilties são pilties.

Zeri: Vão descriminar os zaunitas querendo ou não. Me preocupa saber que meus pais estão incluídos nisso.

Jinx: Olha, Zeri, eu acho que a melhor opção agora é alertar eles sobre esse tipo de coisa.

Zeri: Eu já avisei! Mas eles sempre falam a mesma coisa: "Nós sabemos disso! Não se preocupe, vamos nos virar!"

Zeri: Porra! Não é assim que funciona. Bater boca com piltovenses não funciona.

Jinx: Ei, calma. Você pode até não estar lá com eles 100% do tempo.

Jinx: Mas mesmo assim, todos nós estaremos lá. Se acontecer alguma coisa a gente voa no pescoço de alguém.

Zeri: Por isso eu tô tranquila. Nada que uma porrada bem dada não resolva.

Jinx: Verdade. 🫡

Zeri: Tá confirmando da sua casa hoje? 👀

Jinx: Até onde eu saiba, sim!

Zeri: Beleza! Seis horas tô aí.

Largo e telefone encima da mesa e torno a prestar atenção ao computador. A aula de francês falava sobre verbos e essas coisas; até tentava prestar atenção, mas só pelo fato de me imaginar falando com Lux em francês, já era o suficiente para me fazer perder o foco. Sabia que veria ela hoje, então poderia pedir uma ajudinha nas dúvidas que restavam. Só ela mesmo pra me fazer aprender uma língua estrangeira...

Quanto mais eu tentava prestar atenção, mais minha visão embaçava. Era como se estivesse perdendo o foco; mas ai, percebi que não era minha visão, era a tela do computador mesmo. Assim que me atentei da situação, minha primeira reação foi clicar em uma das teclas, ver se ele ainda funcionava. A tela continuava escura até que simplesmente, apagou. Tentei desesperadamente fazer esse computador ligar, apertando todas as teclas possíveis e até dar uma porrada na tela para ver se funciona.

O Peso da Liberdade: Uma história de Zaun & PiltoverOnde histórias criam vida. Descubra agora