O Cultivar

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Segunda-feira, 06 de novembro de 2023

As coisas haviam se resolvido, pelo menos, parcialmente. Embora eu e Luxanna estivéssemos melhor do que nunca, era nítido a diferença de tratamento de Zeri em relação a Seraphine. Mas falando de nossos rapazes, Ezreal contou a Ekko sobre seus planos de viagem; lhe explicou o que acontecera com seu tio e pediu conselhos a Inna e Wyeth. Ambos ficaram animadíssimos quando Ekko lhes contou sobre Ez e sobre a possibilidade de um futuro relacionamento deles.

Os dias foram passando em uma velocidade estranha, rápidos demais. Talvez tenha sido as diversas saídas que fizemos para nos divertir, ou talvez, as vindas de Lux até minha casa e vice-versa. Embora eu ainda precisasse pular a janela.

Certos dias, nessas semanas que passaram, Caitlyn viera em casa várias vezes, alegou suspeitar pesadamente de Marcus, seu chefe. Mesmo tendo prometido a ela não contar a ninguém sobre qualquer coisa da investigação particular dela, Ezreal acabou se metendo no meio. Sabendo que tanto eu quanto Ez sabíamos de Corina e os demais integrantes, Ezreal lhe contou sobre sua antiga relação com Drake, o quanto ele sempre foi um manipulador esquisito. E eu logicamente deixei Zeri de fora; ela já estava com problemas o bastante para eu perturba-la com as investigações.

Falando nela, Zeri me contou sobre as vindas excessivas da tia até sua casa. Aquilo a estava deixando maluca. Apesar de Zeri nunca ter tido problemas com sua família em relação a aceitação, eu a sentia com um pé atrás sempre que Sera era mencionada; inquietude da parte das duas. Seraphine estava a um passo de perder completamente a cabeça. Disse que acabou a vendo em um de seus shows em bares, e aquilo a distraiu tanto que seu pai teve de ir perguntar a ela o que estava acontecendo.

Ekko se voluntariou a ir falar com Zeri sobre isso, mas Sera o cortou e disse que isso era problema dela e de Zeri. Ela apenas precisaria tomar coragem de ir falar com a garota. Aí, aí, mulheres.

Sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Depois de Vi ter insistindo em me levar à delegacia com ela e Cait, tive de deixar de lado a ida à casa de Lux. Chegamos lá por volta dás nove da manhã; eu estava caindo de sono e Vi parecia ligada no 220V.

— Por que tanta empolgação, Vi? — disse eu, não contendo um bocejo.

— Você vai ver. — ela abria caminho pelas pessoas e rumou até a sala de Caitlyn, comigo em seus calcanhares.

Vi abriu a porta em um estrondo, fazendo a namorada pular da cadeira e quase derrubar o café em si.

— Cupcake! Adivinha só! — disse ela.

Sinceramente, ter ido à casa de Lux parecia ter sido a melhor opção.

— Oi, amor. — Caitlyn, que estava com uma aparência horrível, disse.

— Você tá bem? — percebendo o estado deplorável que Cait se encontrava, Vi deixou a empolgação de lado e foi acudi-la; eu, por outro lado, sentei-me na cadeira.

— Sim, eu só... não tomei café o suficiente ainda.

— Você precisa parar de trocar água por café. — Vi pegou o próprio casaco e jogou por cima da namorada.

— Eu sei. Mas, olhe — Cait nem mesmo largou a caneca de café e levantou-se da cadeira num pulo. —, acho que cheguei em algum lugar.

— Você sempre diz isso. — falei, atraindo os olhares das duas.

— Certo, você tem razão. Mas isso interessará vocês duas. — ela virou-se para o quadro de informações e puxou uma foto. — Escutem, não me levem a mal, mas acho que essa parceria da Glasc com o pai de vocês não é coisa boa.

O Peso da Liberdade: Uma história de Zaun & PiltoverOnde histórias criam vida. Descubra agora