Epílogo

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Estava no lado de fora do aeroporto. Tragava um cigarro enquanto sentia a ponta dos dedos congelar. Então, ouvi passos.

— Ainda aqui fora? — perguntou-me Ezreal, parando ao meu lado.

— Não estou afim de ficar lá dentro. — respondi, tragando o cigarro.

— Jinx... — ele pôs a mão em meu ombro. — Não adianta se esconder aqui. Vamos, eles embarcaram logo, logo.

Ainda relutante — e querendo chorar — joguei o cigarro fora e segui Ezreal para dentro do aeroporto. Quando entramos, foram apenas alguns segundos de caminhada para encontrarmos o restante do pessoal. Estavam em uma cafeteria, todos com um lanche e café diferentes. Ekko vinha trazendo o seu.

— Ei, que tal um último brinde? — sugeriu.

— Vocês todos são muito dramáticos. — disse Lux, rindo e tomando seu café. — Não será o último!

— Por enquanto, será. — corrigiu Seraphine, lhe dando um empurrão com o ombro. — Sentiremos saudades, Lux.

— Ela irá nos abandonar por aqueles trastes de Demacia! — dramatizou Zeri, levando a costa da mão na testa e se jogando em Sera.

— Deixe disso, Zeri. — resmungou Seraphine, rindo, enquanto tirava ela de cima de si. — Você ouviu Lux, não será a última vez.

Luxanna apenas ria de tudo, mas, quando me viu chegando com Ez, seu sorriso foi se esvaindo aos poucos.

— Achei nossa garota. — falou Ezreal, apertando meu ombro. — Estava escondida lá fora.

— Fiquei sabendo que alguém aqui voltou a fumar. — reclamou Ekko, bebendo do café.

— Como que é? — Lux virou-se para ele. — Desde quando?

— Ah, sei lá. Pergunte a ela. — ele apontou para mim.

— Obrigada por explanar, gênio. — resmunguei, cruzando os braços.

— Aí, não vamos discutir agora, certo? — interviu Seraphine. — Ora, vamos. Sentem-se aqui e aproveitem o café antes que esfrie.

Ezreal e eu nos sentamos nas cadeiras restantes, ainda um pouco aturdidos por conta da despedida. Então, senti a mão de Lux apertar a minha por debaixo da mesa. Quando olhei-a, ela sorriu.

— Ei, pessoal. — chamou ela, virando-se para eles. — Vocês lembram de como nos conhecemos?

— Você quer dizer, no fliperama, ou na cafeteria? — perguntou Ekko. — Por ambos foram bem estranhos.

— Vocês lembram da Jinx e do Ekko competindo naquele Crazy Dance? — Zeri riu sozinha, mas rapidamente fez todos rirem com a lembrança.

— Ou quando a Jinx e a Lux ficaram presas no banheiro! — disse Ez.

— Quase nos beijamos ali. — Lux balançou a cabeça negativamente.

— É, mas o sabichão do Ezreal atrapalhou! — exclamei, sorrindo.

— Ei! Eu estava sendo legal! — ele rebateu.

— Vocês lembram quando o Ezreal nos chamou pra casa dele? — perguntou Seraphine. — Eu tenho pavor daquele dia.

Ezreal soltou uma gargalhada.

— Aquela maconha mexeu legal com a gente!

— Fala baixo, seu idiota! — falei, puxando sua cabeça para baixo.

— Aí, calma lá! — disse ele, se soltando.

Então todos rimos.

— Bom, Sera não tá sozinha nessa. — disse Zeri, levando as mãos a cabeça. — Aquele dia foi um terror!

O Peso da Liberdade: Uma história de Zaun & PiltoverOnde histórias criam vida. Descubra agora