O diabo

Capítulo 14

POV Christian

—Eu marquei um horário para o jornal local para vir por esta semana e fazer uma entrevista comigo a respeito do noivado, - Roger Lincoln me informa, seus olhos passam pelo salão. —Onde está aquela maldita garçonete com os espetinhos?. Juro que este evento está cada vez pior a cada ano.

—Você já terminou seu segundo prato de canapés, papai. O médico disse que você precisa cuidar de sua dieta e do seu colesterol , - rebate Elena, cutucando-o com o bastão de sua máscara roxa.

Uma garçonete aparece ao seu lado um momento depois.

—Você gostaria mais?

—Sim. - Eu bebo o resto do meu uísque e coloque o copo vazio em sua bandeja. —Faça um duplo.

Lincoln acena com a cabeça.

—Para mim também.

—Sim, senhor, - a garçonete diz ao mesmo tempo que Elena sussurra:

—Papai

—Não comece, - Lincoln resmunga. —Você não vê que nós dois estamos celebrando as
grandes novidades?

Ele pode estar comemorando . Mas eu estou de luto.

O plano é anunciar nosso noivado alguns meses após a eleição. No entanto, Lincoln
acha que fazer isso de antemão irá encorajar as pessoas a votarem em mim. De acordo com várias fontes, estou começando a cair nas pesquisas. Não é o suficiente para me deixar em pânico, já que ainda estou à frente ... mas mesmo assim, isso não é bom.

As pessoas estão começando a duvidar de mim e das minhas capacidades.

É por isso que eu não fiz muito protesto quando o que deveria ser um almoço de negócios se transformou em uma troca de anéis de noivado.

Mas agora?. Estou em dúvida sobre minha decisão.

—Você tem certeza de que um compromisso antes da eleição não vai sair pela culatra?. Não quero que os eleitores em potencial se preocupem com o fato de meu foco se voltar para minha noiva e o casamento.'

Elena bufa, claramente ofendida.

Merda . Tenho certeza que isso é culpa dela.

—Eu estou mais preocupado como sua enteada lidará com as notícias. - Ela toma um gole delicado de seu champanhe. —Eu costumava ser voluntária no hospital psiquiátrico local. Vamos apenas dizer que as meninas com seus problemas podem ser muito dependentes. Vai ser um período difícil de adaptação para ela quando ela tiver que sair.

— Anastasia não vai embora. - Eu examino o salão de baile procurando pela garçonete, porque eu preciso de uma segunda bebida agora . —E ela não é psicótica. Ela só tem alguns problemas , mas tenho certeza que ela está melhorando.

—É aceitável, até certo ponto. Afinal, todos nós temos, - diz Lincoln.

—Desculpe, mas eu não estou confortável com o fato do meu marido viver sob o mesmo teto com alguém como ela. - A máscara protegendo o rosto faz pouco para esconder seu aborrecimento. —Eu não conheço nenhuma mulher que aceitaria isso também .

Se eu não me opor agora sobre minha relação com Anastasia, ela continuará falando nesse assunto.

—Eu não vou expulsar Anastasia da casa de sua mãe.

—Tudo bem. Deixe ela lá e nos mudaremos para a nossa.

—Eu não me sinto bem deixando-a sozinha.

—Por que não?. Não é como se ela fosse sua filha.