O diabo

Capítulo 41

Pov Jack

—Minha mãe ... Carla, era a prima de Kristy, minha mãe biológica?

Seus olhos vasculham meu rosto, procurando por um núcleo de algo tangível para desatar todos os nós em que ela está.

Anastasia quer respostas, e ela tem direito a elas. Infelizmente, eu só tenho o mínimo ... porque as peças do quebra-cabeça foram roubadas por um psicopata.

E ele é o único que pode colocá-lo de volta para ela ... que é a única razão pela qual ele ainda está respirando.

—Sim. Foi o que Kristy disse. Eu já contei tudo o que sei. - Eu gostaria de ter mais para contar a ela. Algo para tornar isso um pouco mais fácil de processar.

Ela se senta na cadeira e inspira profundamente algumas vezes. Sua ansiedade deve estar no auge de todos os tempos agora. Seu universo acaba de ser permanentemente alterado.

E ainda assim, ela fica forte ... quando ela tem todos os motivos para quebrar.

Eu ficaria orgulhosa dela ... mas eu não tenho mais esse direito. Não depois da confirmação de Christian.

Houve um pequeno lampejo de esperança quando Anastasia me disse que acreditava que o marido de Kristy ainda a teria matado apesar do que eu fiz.

Tão fodido como é, eu estava esperando que ela estivesse certa ... mas esse navio já navegou.

Porque nada vai tirar o fato de que apresentei Christian à Sra. Miller. Fui eu quem apresentou o fruto proibido numa bandeja e disse-lhe para dar uma mordida.

Eu disse a ele como era gratificante .

E então eu o protegi quando ele engoliu tudo.

É fácil absolver alguém por ter uma mão na morte de uma mulher que você nunca conheceu. É um jogo totalmente diferente quando essa mulher é sua própria mãe ... e o amor de uma mãe é tudo que você sempre quis.

Não há perdão para mim, e eu nunca esperaria ou manipularia ela para me dar qualquer um.

Eu ganhei meu trono no Inferno, e eu ficarei feliz em queimar nas chamas ...Eu só quero ter certeza de que Christian esteja assando primeiro.

—Há quanto tempo você sabe?

Eu suponho que a pergunta de Anastasia é dirigida a mim porque ela não olhou para Christian desde que eu lhe contei a verdade.

—Eu tinha dezessete anos quando ela me disse ...

—Não. - Ela olha para Christian. —Há quanto tempo você sabe que eu era filha dela?

Ele não responde. Mau maldito movimento .

Quando eu começo a empurrá-lo para frente, ele grita:

—Espere. Eu vou dizer a ela a verdade, porra.

—É melhor, - eu fervi. —Ou vou garantir que sua morte seja ainda mais brutal do que a que você merece.

Ele inala bruscamente.

—Eu sei sobre você o tempo todo.

—O tempo todo, - ela repete, seu tom de voz plano. Vazio de qualquer emoção. —Ok, bem, eu já sei que você não se sente mal - então acho que isso me deixa com mais uma pergunta.

—Eu me sinto mal, A...

—Piranha, - eu assobio em seu ouvido. —Apenas dê seus fatos, não outra carga de suas besteiras. Porra, sabe que já teve mais do que o suficiente.