Capítulo 21 - Pedido de casamento

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GUSTAVO ABREU

Estou feliz, nunca pensei que namorar Arabella fosse me deixar tão feliz. Às vezes acho que foi destino conhecê-la e tê-la na minha vida, a forma totalmente aleatória que nos conhecemos é a prova disso. E agora, às 5h da manhã, ainda estou completamente acordado deitado na cama, depois de tê-la deixado em casa há meia hora. Estamos namorando, estamos juntos, e eu pensei que nunca mais sentiria essa felicidade outra vez. Estou com alguém em quem confio apesar de tudo. Arabella é muito transparente, e se estivesse aprontando alguma coisa, eu saberia na hora, porque ela é aberta demais para conseguir esconder algo.

Ela quer casar.

Ela quer casar comigo, e por mais que eu esteja assustado devido à rapidez das coisas, também aceitaria me casar com ela. Seria loucura da minha parte pedi-la em casamento?

Bom, não tive tempo de responder porque o sono me tomou, e pela primeira vez na vida, acordo às 11h da manhã com minha avó batendo na porta do meu quarto, achando que tinha acontecido alguma coisa comigo, porque ela sabe que eu não fui à boate ontem.

— Tudo bem? — dona Rute pergunta com a cabeça para dentro do quarto.

— Tudo ótimo, vovó, estou feliz da vida. — deito de barriga para cima e coloco meus braços atrás da cabeça, fazendo de travesseiro. — Hoje é um ótimo dia.

— E que felicidade toda é essa, posso saber? — pergunta entrando no quarto e sentando na cama ao meu lado.

— Adivinhe? Eu e Arabella estamos namorando. — digo com um sorriso enorme, nem eu mesmo entendo do porquê estou tão feliz assim.

— Jura? Own meu neto, eu fico tão feliz por vocês, ela é uma boa garota.

— É sim.

— Mas, querido... — se aproxima de mim e coloca a mão no meu coração. — Não quero que sofra como daquela outra vez, guarde seu coração, não quero que se machuque.

Meus avós sabem o que aconteceu entre mim e a Bárbara. Fiquei completamente perdido e destruído, pois estava apaixonado. Fiquei sem comer e não conseguia sair da cama. A primeira desilusão amorosa dói, e mesmo que lutasse para ficar bem, não conseguia. Meus avós estiveram comigo o tempo todo, me dando apoio.

— Obrigado pela preocupação, vovó, mas a Arabella não é como a Bárbara, ela gosta de mim de verdade. E sabe, já estou pensando em como vou pedi-la em casamento.

— Casamento? Não acha que é está indo rápido demais?

— Estou, não nego, mas precisamos nos arriscar às vezes. A senhora me disse que quando casou com meu avô ainda não gostava dele, que sua mãe disse que se não casasse com ele não casaria com mais ninguém, então, vocês estão juntos até hoje e apaixonados.

— Mas isso era nos tempos de antigamente, querido, hoje em dia o certo é se casar amando a pessoa.

— Mas eu estou apaixonado por ela, vovó. Não digo que é amor, pelo menos não ainda, mas eu a quero e o mais importante, ela quer se casar comigo.

— Então eu abençoo a união de vocês, e para mostrar isso, vou pegar algo para você dar para ela.

Minha avó se levanta e sai do quarto. Quando retorna minutos depois, traz consigo uma caixinha de veludo vermelho surrada. Sento na cama e pego da sua mão quando me entrega.

— Seu avó que me deu.

Abro e me deparo com um anel simples de ouro com uma pequena pedrinha no centro.

— Ele trabalhou muito para comprá-lo, hoje em dia não vai valer nada porque o ouro não é de muitos quilates, mas foi através deste anel que selamos nosso compromisso de noivado. Entregue a sua namorada, tenho certeza que ela irá adorar.

Só quero você (nova versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora