Capítulo 24 - Nova casa

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GUSTAVO ABREU

— Ela está demorando. — falo com meus avós. — Será que ela desistiu de vir?

Fiquei totalmente abismado com o desfecho dessa história. Arabella é adotada? Foi uma surpresa para mim. Além disso, o Fernando é totalmente desequilibrado. Depois que saí do quarto de Arabella para que ela pudesse se trocar, ele nos expulsou de sua casa.

Fiquei possesso.

Meus avós não mereciam passar por isso, prometi para mim mesmo que nunca mais colocaria os pés naquela casa.

— Claro que não, Gustavo. Ela é a sua esposa agora. — meu avô me conforta.

— Sei não, sei não... — ando de um lado para o outro na casa, até que ouço o barulho da porta. Corro para abri-la e me deparo com uma Arabella abatida e sem malas. — Entre. — seguro sua mão e a trago para dentro de casa.

— Oi, gente. — diz Fabiana, entrando logo atrás. — Eu a trouxe no meu carro, porém, ela não veio com nada. Não quis trazer as roupas que foram compradas com o dinheiro do pai.

— Ele não é meu pai. — brada, minha esposa.

— Tudo bem, podemos comprar roupas para você. — digo, tentando acalmá-la.

— Com que dinheiro, Gustavo, hein? Vocês também não tem nada. — semicerro os olhos devido ao seu rompante, e percebo que ela se arrepende assim que a frase escapa de sua boca. — Perdão! — pede.

— Não se preocupem, vou até minha casa e trago algumas roupas para ela, depois vocês veem como vão fazer para comprar mais. — Fabiana diz, e eu a agradeço com o olhar. — Agora preciso ir, tenho que separar as roupas. — Ela se aproxima da amiga e lhe dá um beijo no rosto. — Fica bem, amiga. Volto já.

Fabiana foi embora nos deixando a sós.

— Quer comer alguma coisa, querida? — pergunta minha avó a Arabella, que nega com um aceno de cabeça.

— Então venha, vou te mostrar o quarto. — a levo pela mão até chegar no nosso quarto.

ARABELLA MANCCINI

Sou levada até "meu novo quarto". Nunca tinha entrado no quarto dele, apesar de já ter vindo aqui outras vezes. O quarto é pequeno, e uma cama de casal toma todo espaço da parede.

— Um vizinho estava de mudança e consegui comprar a cama em sua mão por um preço melhor.

— Vamos dormir aqui? — aponto com desprezo para dentro do quarto, não queria que soasse desse jeito, mas foi o que aconteceu.

— Sim, por que? Não gostou?

Paro por um momento, olhando para aquele quarto tão diferente do meu. Uma pequena janela acima da cama, uma mesa de cabeceira do lado direto, paredes que um dia já foram brancas, um guarda-roupa de madeira de quatro portas e uma escrivaninha também de madeira com um banco compunham a decoração do quarto. Solto o ar aos pouquinhos. Essa será minha nova vida, e eu tenho que me acostumar com isso.

— Tudo bem... — digo resignada. — Posso deitar na cama?

— Claro que pode, vem... — ele me leva pela mão e me faz sentar na cama. Assim que minha bunda encosta nela, me dou conta do quanto o colchão é duro. Com certeza ficarei com problemas na coluna porque não estou acostumada com isso. Dou um tapinha no colchão.

Só quero você (nova versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora