Capítulo 39 - Grávida?

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GUSTAVO ABREU

Uma semana depois e minha vida segue normalmente, mas com um buraco no meu peito. Nosso pedido de divórcio já está correndo e daqui algumas semanas iremos assinar, já que houve consenso de ambas as partes. Fujo da Arabella, como o diabo foge da cruz. Nos encontramos sem querer quando estava saindo da casa da dona Luiza que me chamou para conversar e tentar resolver essa situação. Mas já estou decidido. Assim como um dia a amei, esse amor morreu na mesma medida. Ficamos sem graça ao nos encararmos e eu fugi com minha moto.

E agora estou aqui trabalhando na boate de mau humor e todos estão pegando no meu pé por isso. Estou de costas mas assim que viro, dou de cara com Arabella chegando na boate junto com Fabiana. Pelo visto ela se resolveu muito rápido porque já voltou a curtir a vida como fazia antes do casamento. Que ela seja feliz como estou sendo...

— Gustavo, cara. — ouço alguém me chamar. — Presta atenção, porra! — olho para o lado e Lucas está me encarando.

E vejo a merda que fiz, a coqueteleira que estava batendo os drinks abriu e eu não percebi quando começou espirrar o líquido para todos os lados.

— Desculpa, cara. Estou meio distraído. — digo me desculpando.

— É melhor você focar, nosso chefe está de olho em você hoje.

— Olá, poderia me dar dois martini's, por favor? — ouço a voz da Fabiana, eu a encaro mas ela nem olha para mim, pedindo as bebidas diretamente ao Lucas. Que prepara rapidamente e entrega para ela. — Obrigada, gatinho. — pisca e sai com as bebidas na mão.

— Ela não é melhor amiga da sua esposa? — pergunta.

— Estou me divorciando. — digo, seco.

— O quê? Como assim, cara? Me explicar melhor.

— Lucas, eu não tenho nada para explicar para você. Fui feito de bobo e agora nos separamos, só isso. — sou direto.

— Mas vocês pareciam tão apaixonados, quer dizer, você parecia. Mas enfim, vida que segue. — ele diz, dando de ombros e voltando para os seus afazeres.

Vida que segue? Será que vou conseguir seguir minha vida com a Arabella tão perto de mim assim? Encontrando-a em quase todos os lugares que frequento? Não vou aguentar esse martírio. E é por causa disso que tomarei uma decisão, assim que assinarmos o divórcio.

ARABELLA NANCCINI

— Não, não pode ser... — uma lágrima escorre caindo na pia do banheiro. — Eu não posso acreditar...

— O que foi? — minha melhor amiga aparece na porta do banheiro e corre para pegar o teste de gravidez e vê o resultado. — Positivo.

— Nãooooo, não pode ser. Como fiquei grávida?

— Quer mesmo que eu diga como? — diz meio debochada.

— Não venha com brincadeiras uma hora dessas, Fabiana. Eu estou desesperada, não era para isso ter acontecido. — encosto na parede do banheiro e escorrego até estar sentada no chão.

Assinei o divórcio há um mês e desde então só vi o Gustavo poucas vezes. Algumas na boate e outra na Mansão Manccini quando minha madrasta o chamou para conversar, me tombei com ele quando Gustavo estava saindo da casa em sua moto e eu chegando.

Meu corpo tremeu, assim que encarei aqueles olhos verdes, rapidamente senti vontade de chorar. Mais não algumas lágrimas escorrendo pelo rosto. E sim, aquele choro copioso em posição fetal. Não tentei reconciliação, por mais que eu quisesse. Não posso lutar sozinha e se ele estava decidido, que fosse em paz seguir a sua vida. Foi bom enquanto durou o nosso relacionamento, se ele não foi capaz de perdoar a minha mentira, não seria eu que iria força-lo a mudar de ideia.

Só quero você (nova versão)Onde histórias criam vida. Descubra agora