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Lívia

20 de Abril de 2024
Vila Aurora
Zona Norte, São Paulo.

Na minha primeira vez sozinha com o Jorge, sem o Thiago em casa, ele ficou bem desesperado.

Será que ele achou que eu ia trocar meu filho por uma bolsa?

O cara só foi no mercado fazer compras e me ligou, mandou áudio, pediu foto e eu nem entendi nada.

Pra quem nem gostava de conversar, ele tava muito comunicativo. 

Maior friozinho do lado de fora. Jotinha dormindo e a mamãe aproveitou pra estudar, porque ia começar a voltar a rotina das aulas logo logo e eu já começaria na semana de provas.

O Jorge em um braço, o livro em outro. Vida de mãe e estudante não era fácil.

Meu celular tocou mais uma vez.

Amor: Manda foto.

Eu acabei demorando pra ver a primeira mensagem, então ele mandou mais uma.

Amor: Tá tudo bem?

Lívia: Calma, cara. Eu sei cuidar dele.

Amor:  Manda aí. Tô na fila.

Lívia: Ele tá dormindo.

Mandei a bendita foto que ele tava enchendo o saco, e aí ele parou de me responder depois que conseguiu o que queria.

Bloqueei o celular e voltei a prestar atenção no meu livro.

Mais uma notificação.

Amor: E tua?

Senhor amado, esse garoto tinha saído de casa não fazia nem duas horas. Que desespero!

Lívia:

De novo, nada de resposta

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De novo, nada de resposta.

Meu ogrinho favorito.

Foquei em estudar, e por incrível que pareça ele não me incomodou mais.

O Jorge continuou dormindo por um tempão, mas foi o só pai dele chegar em casa, que acordou com o barulho do portão. Só que já era a hora de ele comer, então nem me importei.

A amamentação ainda continuava sendo a parte mais difícil, junto com a privação do sono.

Mas nós não podíamos reclamar dessa última parte, porque tínhamos muito apoio de nossas famílias.

Nocaute - A profeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora