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Lívia
27 de Maio de 2024 Morro do Boi, Itaim Paulista Zona Leste, São Paulo.
Todo o meu corpo estava tenso, eu já não sabia mais o que fazer.
A Bia e eu tivemos a confirmação de que o Guerreiro não tinha nada a ver com aqueles vídeos, após ele e a minha cunhada saírem o fim de semana inteiro, e ele não explanar pro meu namorado, tirando onda ou falando alguma besteira pro Thiago.
O cara manteve a postura, deixou no sigilo e foi bem legal com a Bia, pelo o que ela me disse. Diante disso descartamos completamente o nome dele da lista de suspeitos, e tínhamos outro foco.
Ou melhor, eu tinha.
Planejei pouco, quase nada. Não consegui pensar direito o que fazer, mas eu já estava tão desesperada com aquela história, com aquele vídeo, e com medo de ele ser divulgado por aí, que coloquei na minha cabeça que de hoje não passava. Eu iria resolver aquilo de uma vez por todas.
Deixei o Jorge com a minha mãe, que nem reclamou ou fez perguntas.
Menti pro Thiago e pra Dandara, dizendo que ia pro trabalho. Mas a verdade é que, depois de deixar o J na casa da minha mãe, eu fui direto pra do meu pai.
O Luan não estava e nem o senhor Jacaré.
Por meia hora, fiquei andando por aquela casa sem parar, olhando pra todos os cantos, e só pensando o que podia fazer pra atrair o Peixe pra dentro e o que fazer pra ter acesso ao seu celular.
O tempo estava passando, eu não conseguia pensar em nada que fosse útil.
Dar encima dele estava fora de possibilidade. Eu não iria fazer isso com o meu namorado, mesmo que fosse somente pra ajudar ele.
Logo meu pai ou o meu irmão chegariam em casa e eu não tinha tomado nenhuma atitude ainda.
Bufei, passando minhas mãos na frente do rosto.
Fiquei mais irritada ainda quando senti meu cabelo trancando na pedra do anel que meus pais tinham me dado, quando fiz dezoito anos, em meu dedo.
Foi como se uma lâmpada acendesse na minha cabeça.
Caraca, o que eu não fazia por o Thiago?!
Era simples, cara! Era só eu fingir estar fazendo comida, cortar minha mão, gritar pelo Peixe, pedir sua ajuda, e pedir seu celular pra falar com o meu irmão, ou meu pai, alegando que o meu estava sem bateria.