45

6K 639 61
                                    

Lívia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Lívia

20 de Julho de 2024
Guarulhos
São Paulo.

Meu coração batia em um ritmo descompassado, eu tentava controlar a respiração, e impedir que aquelas malditas lágrimas que insistiam em ficar nos meus olhos, escorressem pelo meu rosto.

Thiago: Tá suave, minha vida?

Me mexi no banco do carro, olhando pra ele, do meu lado. Antes que eu conseguisse falar alguma coisa, o Thiago puxou minha mão, dando um beijo nela.

Lívia: Que saco, eu não queria chorar - falei, chorando.

Thiago: Não é daora tu chorar memo. O teu irmão não vai ficar na boa vendo essa fita.

Eu assenti. Sabia que ele estava certo. Então respirei fundo, e sequei meu rosto, antes de abrir a porta do carro pra pegar o Jorge, que estava na cadeirinha.

O Thiago desceu do carro também, mesmo que ele não fosse entrar pra ver o Luan. Ele se aproximou, enquanto eu ajeitava o J no meu colo, e me puxou pra mais perto, dando um beijo no meu ombro.

Thiago: Fica na moral.

Lívia: Vou ficar - garanti a ele, e me estiquei pra encostar nossos lábios - Te amo. Depois a gente se fala. Eu te ligo.

Ele assentiu e deu um beijo na mão do J também, que riu pro papai.

Thiago: Amo vocês.

Antes de sair, ele passou a mão no cabelo do meu neném e depois entrou no carro.

Tive que criar coragem pra entrar na recepção, fazer todo o procedimento padrão de visita, e depois que liberaram a minha entrada, encontrei o meu irmão em um jardim.

O lugar era muito bonito. Parecia tipo um sítio. Tudo bem verde, bem colorido, e muito bem cuidado. Pelo menos eu sabia que ali ele podia estar se conectando com quem ele realmente era. Tipo umas férias. Mas o Luan não parecia o mesmo.

Sua barba estava por fazer, o seu cabelo estava bem maior do que o normal. Ele usava uma calça preta de moletom, uma blusa branca sem nenhum detalhe, e não havia nenhum anel, relógio, ou corrente, como de costume.

Por um momento eu travei. Mas ele só tinha olhos para o Jorge. O sorriso que cresceu na boca dele, ao correr na nossa direção pra pegar o afilhado no colo, fez o meu peito doer de saudade e de lamento.

A história dele não precisava ser assim.

Paulista: Meu molecote! - comemorou, jogando o J pro ar, enquanto o pequeno abria o maior sorrisão.

Nocaute - A profeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora