17

7.4K 779 271
                                    

Lívia

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Lívia

10 de maio de 2024
Vila Aurora
Zona Norte, São Paulo.

Quando chegou a sexta-feira, eu finalmente consegui um tempo pra conversar com a Allana.

Minha vida estava uma loucura. E apesar de toda a ajuda que eu tinha, lidar com o Jorge, com as aulas, com a casa, com o espaço e com o apoio a carreira do meu namorado, estava quase me deixando maluca.

Minha comadre, amiga, e vizinha, estava no espaço, conversando comigo sobre a demanda da semana.

Lívia: Cara, tá difícil. Vários problemas aqui, eu nem sei como ainda tô de pé - falei, balançando o meu filho na cadeirinha - Dia das mães chegando, a mulherada fica doida pra dar uma melhorada no visual.

Allana: Eu queria te ajudar, mas tá difícil pra mim também - ela me olhou, passando a mão da barriga.

Eu neguei com a cabeça.

Ela estava sentada em uma das mesas do nosso escritório, e eu estava sentada no tapete, onde meu filho estava na cadeirinha.

Lívia: Não quero que você venha pra cá, Lanna. Você tem que cuidar de você, até a chegada da Mariah. Eu seguro as pontas.

Allana: E você tem que cuidar do Jorge, né?

Respirei fundo.

Lívia: Nem é só ele. A Bia está ajudando muito com essa questão da carreira do Thiago, das redes sociais e tal. Mas eu também me envolvi, sabe? É mais isso - comentei - Hoje bateu trezentos mil seguidores no Instagram dele. Não é mais brincadeira.

Allana: Tá, Lívia, mas nosso negócio veio primeiro, né? Eu sei que ele é teu marido e precisa de ajuda, mas tu não vai desistir do espaço por isso, né?

Lívia: Claro que não. Minha prioridade é o nosso espaço.

Ela concordou.

Allana: Que bom, porque a minha também é - ela falou - Mas eu sei que as coisas não estão fáceis pra você, e também não estão pra mim. Nós duas vamos ter bebê muito perto, e eu fico mal de ver que tu nem está curtindo tua licença com teu filho, amiga.

O Jorge começou a chorar, e eu peguei ele no colo, pra tentar acalmar meu docinho de leite.

Lívia: E se a gente chamasse alguém de confiança pra trabalhar aqui?

Nocaute - A profeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora