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Lívia
14 de Setembro de 2024 Vila Aurora Zona Norte, São Paulo.
A mentira pra me esconder do mundo por uns dias foi que eu tinha pego uma virose muito forte e que precisava ficar em isolamento.
Nós sabíamos que não tinha como enrolarmos por mais tempo. Uma hora as pessoas iam desconfiar do meu sumiço. A minha mãe estava em cólicas pra vir me ver. A Dandara e a Allana assumiram o espaço, e eu trabalhei bem pouco, de casa.
O Thiago ficava o tempo inteiro comigo, ajudando em casa e com o Jorge também. Nem pra treinar ele estava saindo.
Não tinha como continuarmos nos escondendo, mas eu ainda não me sentia bem o suficiente pra falar da minha menina para toda a nossa família. Rolava um medo, por tudo o que aconteceu nos últimos dias. Eu não queria preocupar ninguém.
Sendo assim, eu e o Thiago combinamos de voltar a ver a nossa família aos poucos, até porque eu estava de repouso, e contar sobre a nossa menina quando sentíssemos que era a hora certa.
Estávamos na dúvida sobre nomes. Sempre achamos que se o Jorge fosse menina, o nome seria Cecília ou Aurora. Só que alguma coisa mudou, e queria muito que ela se chamasse Maitê. O Thiago dizia que era nome de patricinha, e gostava mais de Roberta.
Nunca colocaria o nome da minha filha de Roberta.
Era Maitê. Nome de patricinha sim, e o Thiago que lutasse!
Lívia: Mamãe - falei, bem devagar, pro meu docinho de leite entender.
Estava sentada no tapete no chão, junto com o meu namorado, que segurava o nosso filho no colo.
Thiago: Timão.
Rolei os olhos.
Lívia: Eu vou te matar, cara. Para com isso!
Thiago: Ele tem que aprender a falar, pô.
Lívia: Ele tem que aprender a falar mamãe e papai e não Corinthians.
Thiago: Nada a ver.
Encerrei aquela discussão, porque nem valia a pena. Logo o meu namorado foi fazer alguma coisa pra nós comermos, mas como eu estava com sono, subi para o quarto com o meu neném. Fiquei brincando com ele na minha cama, mas na real eu estava vendo a hora que acabaria dormindo.
