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Lívia
05 de Agosto de 2024 Maresias, Litoral São Paulo.
Acho que não preciso nem dizer que o resultado da luta foi o óbvio. Haridade em primeiro lugar, como sempre.
Só foi meio chato ver que o Guerreiro não ganhou a luta da categoria dele, e acabou ficando em segundo lugar mais uma vez, mas o Cobra motivou o cara, dizendo que eles iam treinar o ano todo se fosse preciso, e que no ano seguinte, ninguém tirava o prêmio dele.
Assim que terminou a luta, nós voltamos pra casa, pegamos as nossas coisas, o Thiago descansou um pouco, e seguimos para Maresias, onde seria nosso destino para a mini férias em família.
A Bia até se ofereceu pra ir junto, e cuidar do J caso nós quiséssemos ficar sozinhos, mas eu e o Thiago nem achamos uma boa. Queríamos realmente curtir essa semana entre nós três.
Mas eu achei que tudo tinha ido por água a baixo quando o Thiago ficou praticamente em silêncio durante todo o caminho, e não me contava o que estava acontecendo. Típico dele, guardar pra si e contar só quando a bomba explodisse.
E no caso, a bomba era eu.
Já estava em surtos quando chegamos no hotel, e forcei ele a contar o que tava rolando. Ele me disse que antes de subir no octógono, o Cobra falou que se ele ganhasse, lutaria no UFC, no próximo ano. Eu perguntei o que era o UFC, e ele disse que era tipo uma copa do mundo dos lutadores.
Então o Haridade me explicou que não estava quieto por medo, mas sim por nervosismo, era algo muito maior do que ele se quer podia ter imaginado na vida dele. E agora com aquela luta ganha, ele oficialmente já estava concorrendo ao UFC.
Claro que ele ia ganhar. O Thiago conseguia tudo o que queria, ele era a pessoa mais esforçada que eu já tinha conhecido em toda a minha vida. Dessa forma, tentei tranquilizar ele, dizendo que tinha muita coisa pra rolar até o dia da luta. Faltava mais de um ano, pois ela só acontecerias em dezembro do ano que vem. E ele relaxou, podendo curtir um pouco mais.
Mas acho que aquele nervosismo virou uma chave no comportamento do meu namorado, que fez ficar extremamente grudento comigo. Com o J ele já era assim normalmente, mas dessa vez o foco era só eu. Os dois dias que tínhamos ficado no hotel até agora, ele não me largou por nem um minuto. E pra ajudar, o meu docinho de leite tava na mesma vibe que o pai dele.
Muito grude e chamego. Eu adorava, mas confessava que estava difícil de dividir a atenção.
O tempo não estava ruim. Não fazia frio, e o sol era bem suportável. O que foi perfeito, porque assim conseguimos curtir muito com o Jorginho na rua.
