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DRAVEN QUILLAN

Depois que Lya desmaiou, a levamos para uma salinha, esperando que ela acordasse. Sabia que não estava sendo fácil para ela; afinal, a ligação dela com nossa mãe era profunda.

Enterramos a mamãe próximo ao túmulo do papai, na esperança de que se reencontrassem, se é que ela for pro céu.

Mas, sinceramente? Acredito que ela vai de tobogã direto pro inferno. Ela merece.

Volto para o local onde a senhora Clara foi velada e me deparo com um silêncio inquietante. Não há ninguém por perto, nem mesmo as enfermeiras que deixei para cuidar de Lya.

Mas que porra é essa?

Tento abrir a porta do quarto dela, mas está trancada. A frustração começa a crescer dentro de mim.

De repente, vejo Icarus correndo em minha direção. Seu cabelo voa sobre os olhos, e sua expressão é nada boa — um misto de desespero e urgência.

── Lya sumiu! ─ ele repete, como se isso tornasse tudo mais real.

── Como assim sumiu? ─ pergunto, passando as mãos pelos meus cabelos em um gesto nervoso.

Olho para o lado e vejo um carro de corrida fazendo racha, acelerando para sair do cemitério. O coração acelera junto com o motor.

O motorista — um cara com uma máscara preta — ergue o dedo do meio antes de arrancar com o carro.

Hijo de puta.

Viro-me para Icarus, que me olha com um sorriso maluco no rosto. Ele sabe exatamente o que estou pensando. Sem perder tempo, corremos em direção à minha Lamborghini, deixando todos para trás e acelerando em direção à saída.

O carro da frente está em alta velocidade, mas isso só aumenta minha adrenalina.

Claro! Vamos deixar a frase mais impactante e fluida. Aqui está a versão revisada:

O carro passa por vários lugares, tentando escapar.

── Filho da puta. ─ diz Icarus, ajeitando seu revólver.

Perdemos o carro de vista, e com ele, Lya se foi junto com a facção.

── Não, não, não. Hijo de puta, infierno, irrumpido en. (Filho da puta, inferno, arrombados.) ─ digo, socando o volante com raiva.

(...)

Horas se passaram e ainda não temos notícias do paradeiro de Lya.

Por sorte ou azar, a facção tem uma segurança rigorosa; encontrá-los seria quase impossível.

Mesmo assim, acredito que ainda podemos achá-la hoje.

Hoje é o aniversário de 16 anos da Lya, e até agora só aconteceu merda nesse dia.

Passo as mãos pelos meus cabelos escuros, bagunçando-os nervosamente, quando sinto uma mão tocando meu ombro com tapinhas leves.

Ao olhar para trás, vejo Arthur com uma expressão triste que parece falsa.

Sem pensar duas vezes, levanto a mão e soco seu rosto, fazendo-o cair no chão.

Não sei se ele teve alguma culpa nisso, mas por que apareceu só agora?

É minha vez de matar!

Dou vários chutes na cabeça de Arthur, que implora para eu parar. Ele está sangrando, com a mão no estômago por conta dos golpes que já levei. Continuo a chutá-lo até vê-lo desacordado.

THE OBSESSION¹⁸ Onde histórias criam vida. Descubra agora