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LYA QUILLAN

Ele entra um pouco mais, e eu arqueio as costas, sentindo como se algo dentro de mim estivesse se rompendo. Quando finalmente me penetra completamente, lágrimas escorrem pelo meu rosto, misturando dor e prazer.

— Me beija — diz ele, sua voz baixa e carregada de desejo.

Icarus está dentro de mim, imóvel por um momento. Seus beijos são molhados e apaixonados, enquanto suas mãos exploram meus seios com uma delicadeza que me distrai da dor, reacendendo a excitação em meu corpo vulnerável.

Ele não tem pressa; seu foco é me seduzir ainda mais. Seus lábios mordiscam suavemente meus lábios, meu pescoço, e descem até meus peitos. A dor persiste, mas se torna um eco distante; o incômodo da queimação se transforma em uma necessidade ardente. Preciso de mais, preciso que ele se mova. Estou totalmente pronta para isso.

— Icarus — sussurro ofegante entre nossos beijos.

Como se tivesse lido minha mente, ele começa a se mover devagar. O atrito provoca uma leve ardência, mas estou tão molhada que logo se transforma em uma delícia indescritível. Ah, meu Deus, a sensação é inacreditável! Dentro, fora, dentro, fora.

De repente, o desejo explode dentro de mim; quero que ele acelere o ritmo, que vá mais fundo. Coloco as mãos em volta do pescoço dele e o beijo com toda a paixão que sinto, gemendo enquanto o sinto perfeitamente duro dentro de mim.

— Icarus! Ah, meu Deus. Icarus, mais rápido!

Ele sorri com um brilho provocante nos olhos.

— Quer mais rápido? Você gosta? — Ele me penetra com força antes de aumentar a velocidade dos movimentos.

— Ah! Por favor!

— Lya — sussurra em meu ouvido enquanto minhas unhas arranham suas costas — você adora sentir tudo isso dentro de você?

— Sim!

Sinto o orgasmo se aproximando como uma onda avassaladora. Gemo tão alto que Icarus me beija para silenciar os sons que escapam de mim. Meu corpo explode em prazer; ondas intensas invadem cada parte do meu ser. Icarus geme junto comigo, seus movimentos se tornam desajeitados e ainda mais rápidos. Ele goza e cai sobre mim. Nossas respirações aceleradas ecoam pelo cômodo como um lamento apaixonado.

Com nossos peitos colados, posso sentir as batidas do coração um do outro pulsando em sintonia. Enquanto os últimos vestígios do orgasmo se dissipam em mim, a lucidez começa a retornar à minha mente.

Ah, meu Deus! Acabei de transar com o melhor amigo do meu irmão. Acabei de perder a virgindade.

Icarus usa as mãos para se levantar e me dá um beijinho suave antes de sair lentamente de dentro de mim. Uma leve ardência persiste, mas é suportável. Vejo rastros de sangue na camisinha e desvio o olhar rapidamente enquanto me sento, perdida nos pensamentos sobre o que acaba de acontecer.

Ele retira a camisinha e a joga no lixo, depois veste o short e me entrega minha roupa. Então se senta no braço do sofá de frente para mim e só me olha sem dizer nada. Não fala comigo, não me diz coisas bonitas, nem mesmo me abraça ou algo do tipo. É como se estivesse impaciente para que eu saia do quarto.

O silêncio é muito incômodo, então me visto o mais rápido possível. Já de roupa, levanto e faço uma careta de dor.

── Está tudo bem?

Apenas assinto. Os olhos de Icarus voam para a cama que tem uma pequena mancha de sangue, mas muito visível. Icarus parece notar meu constrangimento.

── Não se preocupa, vou mandar lavar.

── Eu... Tenho que ir.

Passo por Icarus e fecho a porta; ele não diz nada, só me permite sair.

Desço as escadas e passo pelo meu irmão, avisando que vou embora. Meu carro está no estacionamento da casa; sigo o meu caminho encontrando o mesmo.

Icarus me olha pela varanda, como se estivesse gostando de me ver embora.

Sempre pensei que a minha primeira vez seria um momento mágico e especial, que o garoto com quem eu estivesse me valorizaria, que pelo menos sentiria algo por mim. O sexo foi maravilhoso e fez meus sentimentos por ele crescerem em níveis incontroláveis, mas não significou nada para ele; foi só sexo.

(...)

Outro dia.


Levanto, me dando conta que à várias mensagens de um número desconhecido.

Curiosa abro as mensagens

Pirralha.

(Sério?,quem manda bom dia assim?)

Que foi?

(Respondo.)

Vem aqui em casa, por favor?

Bebeu? Por que
eu faria isso?

─Icarus enviou uma foto.

*Quando abro a foto é sua mão segurando minha calcinha preta.*

─Pede pro zion me devolver
na empresa.

─Não, com medo de ver?

─Não quero te ver.

─Mentira.

─Pense o que quiser.

─Por que está brava?

─Nada, pede para o
Zion me entregar.

Não entendo sua raiva, nós dois sabemos o quanto você gostou. Consigo me lembrar muito bem de você gemendo.

*Eu coro e desvio o olhar!*

Icarus, olha, não quero falar
com você.

─Você vai ser minha
de novo, pirralha.

*Um arrepio pecaminoso percorreu meu corpo.*

Se quiser a calcinha, vem buscar, não vou mandar por ninguém. Espero você aqui, tchau.

*Esse idiota!*

THE OBSESSION¹⁸ Onde histórias criam vida. Descubra agora