THE OBSESSION¹⁸

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Confesso que toda a ânsia de vômito pela manhã não é nada agradável. É como se meu estômago estivesse em um constante estado de revolta, exigindo atenção a cada instante. As sensações de desmaio vêm e vão, deixando-me tonta e confusa, como se o chão estivesse sempre prestes a sumir sob meus pés. E aqueles perfumes doces? Nem pensar! Um simples cheiro me faz sentir como se estivesse prestes a desmoronar.

As primeiras semanas têm sido um verdadeiro teste de resistência. Cada dia é uma luta contra os sintomas, que parecem intensificar-se a cada manhã que passa. É frustrante não conseguir aproveitar as pequenas coisas, como o aroma do café fresco ou o frescor do ar matinal. Tudo me parece distante, quase inatingível.

Às vezes, eu me pego sonhando com dias em que me sentirei normal novamente, quando poderei sair sem medo de passar mal ou de ser dominada por essa sensação opressora. Mas por enquanto, só posso respirar fundo e esperar que essa fase passe. Afinal, até as tempestades mais violentas chegam ao fim.

Icarus, mesmo impossibilitado, tem me ajudado muito. Todas as manhãs, enquanto estou passando mal na beira da privada, ele está lá ao meu lado.

── Calma, amor, estou aqui ─ ele diz com sua voz suave, segurando meu cabelo para que não atrapalhe.

Sinto um misto de gratidão e amor enquanto olho para ele. É impressionante como ele consegue ser tão forte em meio a tudo isso.

── Obrigada por estar comigo ─ murmuro, tentando controlar a náusea.

── Você não precisa agradecer. É o mínimo que eu posso fazer ─ responde ele, passando a mão nas minhas costas de forma reconfortante. ─ Isso tudo vai passar, confia em mim.

E eu confio. Ele fala com tanta segurança que me faz acreditar que dias melhores estão por vir.

── Às vezes, fico tão insegura sobre tudo isso ─ confesso, olhando para o chão. ─ Não sei se vou conseguir ser uma boa mãe.

Icarus se inclina mais perto e olha nos meus olhos.

── Você já está sendo uma ótima mãe só por se preocupar tanto. E eu estarei aqui para te apoiar em cada passo do caminho. Juntos, vamos dar o melhor para nosso filho.

Sorrio ao ouvir suas palavras. Ele realmente tem se saído muito bem como pai mesmo antes do bebê nascer. A forma como ele se preocupa e se dedica me faz sentir que não estou sozinha nessa jornada.

── Eu amo você ─ digo, sentindo meu coração aquecer.

── E eu amo você ─ ele responde com um sorriso sincero. ─ Vamos superar isso juntos.

(...)

Nosso bebê já tem de tudo! Em apenas uma semana desde que tomamos a decisão de nos mudar, deixamos a casa dos meus pais e viemos morar na casa de Icarus. Agora, temos um lar só para nós dois, um espaço onde podemos sonhar e planejar o futuro do nosso pequeno ou pequena.

É incrível como tudo está se encaixando. A casa tem um ar acolhedor, e cada canto parece ganhar vida com as nossas risadas e as expectativas que temos para o bebê. Tia Victória, a avó do nosso pequeno ou pequena, nos visita todos os dias. Ela é uma verdadeira força da natureza!

── Olhem o que eu trouxe! ─ diz ela animada, entrando com sacolas cheias de roupinhas e brinquedos.

Icarus e eu trocamos olhares divertidos enquanto ela começa a desfazer as compras.

── Você realmente não precisa se preocupar tanto ─ eu digo rindo. ─ O bebê já tem mais coisas do que conseguimos imaginar!

── Mas é tão divertido! ─ Tia Victória responde com um sorriso enorme. ─ Eu quero garantir que ele ou ela tenha tudo o que precisa e mais um pouco.

E assim, dia após dia, ela continua a encher nossa casa com amor e presentes. Cada visita dela traz sorrisos e uma sensação de segurança; saber que temos o apoio da família é reconfortante.

Icarus observa tudo isso com um brilho especial nos olhos.

── Olha só como nosso bebê já é amado! ─ ele comenta, abraçando-me pela cintura.

Sorrio ao perceber como estamos construindo não apenas um lar, mas também uma rede de amor ao redor do nosso filho ou filha. Estamos prontos para essa nova aventura!

(...)

O mesmo acontece com Draven, que todos os dias traz o Gael, meu sobrinho, para passar a tarde comigo. Ele sempre diz que é um teste para saber se serei uma boa mãe, como se fosse um curso intensivo. Só que esse "curso" vem com um bebê de verdade, que chora e, às vezes, faz coisas bem fedidas!

── Olha só quem eu trouxe! ─ Draven anuncia com um sorriso travesso, colocando Gael nos meus braços.

Gael ri e eu não consigo evitar de sorrir também. Ele é tão adorável, apesar dos desafios que traz.

── Você sabe que isso é um treinamento real, né? ─ Draven provoca, piscando para mim. ─ Se você conseguir lidar com ele, vai arrasar quando nosso pequeno ou pequena chegar.

Eu rio e olho para Gael, que está agora fazendo uma carinha engraçada.

── Bobinho! ─ respondo, balançando a cabeça. ─ A única coisa que você está testando é minha capacidade de lidar com fraldas sujas!

Draven dá uma risada e eu percebo que ele tenta tanto enganar a si mesmo porque eu finjo não saber que ele deixa o Gael aqui para ir disputar rachas com os Zephyrs. Eu vejo a forma como ele se anima ao falar sobre as corridas e como seus olhos brilham quando menciona os amigos.

── Vai lá e se divirta ─ digo a ele com um sorriso cúmplice. ─ Só não esquece de voltar antes que eu precise de ajuda com a próxima fralda!

Ele ri e me lança um olhar divertido antes de sair.

── Prometo que vou voltar rápido! E não se esqueça: você está indo muito bem nesse "curso".

E assim, enquanto cuido do Gael, sinto que cada momento me ensina algo novo sobre ser mãe. Entre risadas e choros, estou aprendendo a amar incondicionalmente e a encarar os desafios com leveza. Essa jornada está apenas começando!

Quero comentários sobre a nova jornada desses lindos.

Tá acabando...