𝑰𝑴𝑨𝑮𝑰𝑵𝑬𝑺 𝑳𝒆𝒐𝒏 𝑺. 𝑲𝒆𝒏𝒏𝒆𝒅𝒚 | +18

CAP. 38 Parte 2 - Quebrando as regras

Mesmo que "A" tenha transado uma única vez na vida na época em que nos conhecemos, esta, ao perder sua virgindade, não queria dizer necessariamente que ela era inexperiente no mundo delicioso da sexualidade. Na verdade, eu poderia acusá-la de conhecer coisas além da conta no mundo dos prazeres obscuros e alucinantes que um pouquinho só de luxúria pode proporcionar a carne do homem.

"A" já havia experimentado muita coisa desde que perdera sua virgindade. Queria realmente experimentar de tudo. Conhecer o limite do prazer, o limite de seu próprio corpo. Já havia se masturbado com os dedos, com as almofadas do próprio quarto, em quinas de mesas de casa, com brinquedos sexuais, vibradores gordos e pequenos e alguns compridos e finos. Não queria sentir dor, então era cuidadosa.

Já havia se masturbado por trás. Você sabe bem a qual lugar estou me referindo. Novamente, usando todo tipo de artimanha ao seu alcance – a informação chegou a me deixar assustada. Ela parecia mesmo determinada. Me contou que já havia brincado com seus mamilos ao ponto de eles incharem, que já havia gozado ao ponto de sofrer de câimbra consecutivamente uma semana inteira. Já havia experimentado squirtings deliciosos e tortuosos. Já havia, acima de tudo, explorado todos os seus fetiches através de pornografia.

Não consumia muito. Uma porcentagem dentro do limite estipulado pela sociedade que ainda mantém a sua saúde mental intacta. "Intacta". Ela não queria foder com o próprio cérebro e muito menos criar expectativas com sexos incríveis que nunca chegariam a acontecer em sua vida. E, com toda essa história, isto bastou. Depois de "A" me fazer experimentar o melhor orgasmo de minha vida e me contar todos esses fatos que chegavam a beirar a insanidade, eu também busquei explorar meu corpo. Meu corpo, minha mente, eu mesma. Eu queria descobrir o que me excitava, o que me tirava o chão de verdade.

Descobri que gostava de homens perigosamente mais velhos. Muito velhos, não. Nem muito velho ao ponto dos dentes estarem caindo, muito menos da idade do amargo do meu pai. Até os 45 eu aceito, não vou mentir. Também não gosto de barrigudo, muito menos os que acreditam que se depilar não é um ato de higiene e, sim, coisa de mulherzinha. Gostava dos homens mais velhos que exuberavam uma energia enervante de dominância, um poder implícito e autoritário que reluz somente em seus olhos. Se ele fosse bom o bastante, não precisaria de palavra alguma para mostrar isso.

Toda a matilha reconhece de imediato quando o alfa está presente. Acredite, comece a reparar ao seu redor. Os homens não respeitam as mulheres, os que respeitam, são filhinhos de mamães esquisitas – aquelas que vemos direto nos reels do Instagram. Elas competem com as noras como se quisessem se deitar com os próprios filhos. Esquisito pra cacete. Os homens respeitam outros homens. Apenas. Se você está numa roda com homens e mulheres e mostra ser uma mulher respeitada, se as outras mulheres não forem ignorantes, irão te admirar.

Já os homens presentes na roda irão hesitar. Você, de repente, se tornará masculina demais, independente demais, exigente demais. Não será o suficiente para eles. Não como o modelo de mulher o qual eles gostariam de ter ao lado. Poderão, até mesmo, te acusar de ser bem-sucedida por conta de um dos meios de troca de moeda mais antigo do mundo: prostituição. Agora, repare bem. Quando um homem se apresenta numa roda de amigos, sendo imponente, forte, atraente, confiante, estável financeiramente, com um carro legal e todos os títulos que você conquistou anos antes, bem mais nova e já tão madura, ele será o Deus do novo mundo.

Os homens ao redor faltarão lamber o chão para que este outro possa desfilar. Digo e repito quantas vezes forem necessárias até que você, mulher como eu, entenda: homens respeitam outros homens e apenas. Não busque aprovação de seres que sempre mereceram se recolherem em sua própria insignificância. Aceite ser dominada somente sexualmente. Essa é a parte divertida, a parte gostosa. Nada melhor do que ser realizada em vida. Ter um título de sucesso, uma universidade cursada, amigos e independência. E, nada melhor do que ser pega pela garganta enquanto é fodida com força, sendo consecutiva e provocativamente chamada de boa garota.