Maeve Radry é o tipo de garota que sempre precisou lutar para encontrar o seu lugar no mundo, nada nunca foi fácil, ainda mais tendo que carregar o fardo de um sobrenome tão poderoso e estimado pela sociedade Dark. Para completar a sua luta diária...
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Eu pego a minha mãe olhando os vizinhos pela janela da sala. Ela está bem concentrada e com os olhos pretos.
— O que a mamãe está fazendo? — Amom, meu irmão caçula questiona, após cutucar o meu ombro.
— Eu sei lá, mas está incorporada nas sombras.
— Não sabia que a mamãe era uma tremenda fofoqueira. — Draco, nosso irmão do meio, também aparece, nem um pouco discreto.
— O que disse, Draco?
De repente, ela volta ao normal e nos fuzila.
— Eu disse que a senhora era perfeita, mãezinha... — Pigarreia e morde a sua maçã verde, que logo fica seca e podre. Ele imediatamente cospe o pedaço que mastigava. — Que droga, mãe, era a última maçã!
— Eu ouvi, seu engraçadinho. E não sou fofoqueira, só achei curiosa a movimentação na casa dos nossos inimigos. — Ela sorri. — Parece que a garota Radry foi embora.
— Como assim? — Rapidamente vou até a janela e não vejo nada, apenas as luzes da casa acesa.
— Caym ficou bem interessado na fofoca. — Draco ri, e eu mostro o dedo do meio para ele.
— Caym!
— Que foi? É esse energúmeno que quer ficar decapitado, e nem me refiro à cabeça de cima.
Ela me belisca e caminha com seus saltos até a poltrona, onde se senta, cruzando as pernas. Está articulada e curiosa.
— Seja o que for que aconteceu, está interessante. Lilith que a levou e sob os gritos do casal traíra, dizendo que a garota Radry se arrependeria e voltaria humilhada aos pés deles.
— Humm, deve ser inveja pela irmã ter sido escolhida. Afinal, ela não recebeu o e-mail no aniversário de 18 anos — Draco fala. — Algo bem surpreendente, já que todas as mulheres Radry são escolhidas.
— Só as mulheres? Mas o pai dela não foi escolhido também? — Amom pergunta sem entender.
— Foi, algo bem raro para esse sobrenome repugnante. Diferente dos Deimo, que são sempre escolhidos, independentemente do sexo. Somos a família com mais Darkend na história. Temidos, impiedosos, invejados, implacáveis e poderosos.
Sorrimos juntos com a mamãe.
— Ano que vem é a minha vez de entrar na Dark Academy — Amom se empolga. — Não vejo a hora de fazer 18 anos e ascender à magia das trevas.
Faz três anos que entrei na academia, Draco entrou ano passado e agora só falta o nosso caçula insuportável.
— Eu que não vou ser babá desse pirralho virgem — digo, revirando os olhos.
