CAPÍTULO 31

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Maeve

Dois dias depois

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Dois dias depois...

Após o acontecimento na festa da Hebe, meu nome se tornou ainda mais comentado entre os alunos. Os olhares, as palavras ofensivas, as ameaças, as humilhações e as tentativas de me machucar também ficaram mais intensas. Suporto, mas surtando a todo momento sozinha no quarto, no banheiro, em qualquer lugar, só para não preocupar meus amigos, nem para tia Lilith estou ligando e revelando esse inferno.

Sinto-me quase no limite. Só chorando para me aliviar e me conter para não cometer uma loucura.

Caym parece se divertir, olhando-me de longe e apreciando em silêncio a minha humilhação e desgraça. Ele sequer pede para seus amigos pararem de me perseguir, de me chamarem de puta e uma vadia que merecia ser estuprada. Sei que não deveria me afetar, porém, afeta e me deixa horrível por dentro... me deixar pior do que estou....

E que droga, Maeve... pare de se lamentar, o que você esperava? Que esse desgraçado te defendesse?

Se houvesse uma fila para me empurrar no precipício, ele seria o primeiro.

Mais tarde, após o jantar, afasto-me dos meus amigos, que agora não saem do meu pé, com medo de eu enlouquecer e matar alguém... ou tirar a minha própria vida. Confesso que anda sendo bem difícil resistir ao desejo de colocar uma corda no meu pescoço.

Caminho devagar até a enfermaria, ainda sinto dor devido ao desgraçado do Caym. Minha bunda continua roxa e dolorida. Eu passo pelo vão da porta e paro no meio da grande sala, com quatro macas, janelas grandes e um teto bem alto e abobadado.

Vlad não percebeu a minha presença, por isso, me aproximo devagar, até que finalmente me vê e não desvia.

Ele me encara.

Eu coro as bochechas, envergonhada.

— Oi... ontem não queria falar comigo, nem anteontem... e talvez nem hoje, mas vim te ver de novo. Não vou desistir.

— Já viu, pode dar meia-volta, não quero mais problemas, me fodeu o suficiente por um mês de punição. Você e a desgraça andam lado a lado.

— Por favor, Vlad, foi uma idiotice minha aceitar o desafio da Hebe e te colocar no meio disso. Não sei o que fazer mais, tentei falar com a reitora novamente sobre você, só que...

— Tentou o quê?! — exclama bravo, erguendo o pescoço. — É melhor ficar quieta e não tentar "resolver" nada, pois só sabe criar confusão para o meu lado!

— Sinto muito. Sei que nunca tentou ser meu amigo, afinal, é o melhor amigo do Caym e deve desejar o meu pior como ele, só que eu agradeço o que fez por mim... de alguma forma você me defendeu, quis lutar para me ajudar, algo que ninguém aqui faria na pele.

Vlad suspira e ajeita o ombro enfaixado.

— Primeiro, Maeve, eu e o Caym somos completamente diferentes, não sabe de nada sobre a nossa amizade, segundo, eu não penso como ele, sequer tenho motivos para te odiar e só te defendi porque eu tive a maldita sorte de estar passando naquele corredor e da Hebe estar lançando uma sombra injusta sobre você, ainda assim, se sentiu toda valente para aceitar um desafio sem ter magia nenhuma para se defender, e para me enfiar no meio, sem pensar nas consequências. Foi patética!

Nas Sombras do Amor - DARK ACADEMY (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora