Maeve Radry é o tipo de garota que sempre precisou lutar para encontrar o seu lugar no mundo, nada nunca foi fácil, ainda mais tendo que carregar o fardo de um sobrenome tão poderoso e estimado pela sociedade Dark. Para completar a sua luta diária...
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Momentos atuais...
— Eve, precisamos voltar para a academia, está me ouvindo? É preciso. — Caym segura a minha cabeça e limpa as minhas bochechas.
Mas eu estou desnorteada, perdida e em choque, sem mais conseguir falar ou ouvir com atenção.
Deixo que ele me leve, me coloque na moto e vá embora comigo acolhida no seu peito. Por dentro, eu queria voltar e salvar a minha mãe, não apago as imagens do seu corpo decapitado e em chamas, nem das palavras do Jack, antes de eu sair de casa.
Caym chega de moto na Dark Academy, após atravessar uma porta no meio do nada. Ele a esconde na floresta e, de novo, segura o meu rosto, pedindo para eu ser forte e esperar que a coordenação entre em contato e me avise da tragédia, pois é melhor que não saibam que estivemos lá, presenciando tudo. Só assenti e desabei nos seus braços.
Não vou conseguir ser forte, estou tão cansada e desgastada de desgraças e infelicidades.
Caym me leva para dentro da fortaleza e me ajuda a chegar ao meu dormitório, mas quando ele abre a porta e as minhas amigas me veem, elas se assustam com a minha feição acabada.
Abi e Jule correm para me abraçar e me encher de perguntas. Não suporto e desmorono novamente no colo delas.
— O que fez com a Maeve, seu desgraçado?! — Jule avança com um salto no Caym.
— Eu não fiz nada.
— É a minha mãe que morreu — revelo sem rodeios, chorando.
Mesmo em meio às lágrimas, eu conto tudo o que aconteceu para elas. Abi e Jule não escondem a cara de espanto, enquanto me consolam. As duas apoiam o Caym na decisão de esperar que eu seja comunicada sobre a tragédia e não envolvida diretamente.
Só que essa comunicação sobre o ocorrido demora muito para acontecer... muito mesmo... Só depois de sete dias, sofrendo inconsolável, com noites em claro, que eu e a minha irmã fomos chamadas pela reitora e informadas da morte da nossa mãe e do sumiço do Jack, que não teve o corpo encontrado. Minha tia Lilith estava na sala e impediu Dafne de me bater, após surtar com a triste notícia e me acusar incessantemente de ser a culpada da morte dos seus pais. Ninguém conseguiu contê-la e ela saiu gritando inconformada pelos corredores, que eu e minha tia éramos as assassinas.
Tia Lili me arrasta para longe, me abraçando e estranhando o meu comportamento "estático". Explico para ela que eu estava lá, que eu vi o corpo da minha mãe em chamas. Detalho desde o começo. Quando finalizo, minha tia se levanta, sem acreditar.
— Eu sinto muito por tudo que aconteceu. Jade jamais falaria essas palavras do Jack para você, mesmo que Dafne fosse a filha preferida.
— Acha que ele foi o assassino da minha mãe? Porque o seu corpo não foi localizado na casa e nem ele apareceu até agora.
