Maeve Radry é o tipo de garota que sempre precisou lutar para encontrar o seu lugar no mundo, nada nunca foi fácil, ainda mais tendo que carregar o fardo de um sobrenome tão poderoso e estimado pela sociedade Dark. Para completar a sua luta diária...
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Caym não muda sequer o semblante, diante de tudo o que eu disse.
Eu sou é uma trouxa de dar atenção a ele, de tentar tocar no tema "compaixão"! Deimo só ama a si mesmo.
Bufo e me levanto para ir embora, só que ele covardemente usa as sombras e segura as minhas pernas. Em seguida, para atrás de mim, acariciando o comprimento do meu cabelo solto.
Pressiono os olhos e os punhos.
— Eu devo engolir o choro e mastigar a dor, me envenenar com a derrota e buscar o antídoto na vitória. Já os outros, não são da minha conta, não dependo de pessoas com falsas compaixões, nem de amor com sinônimo de ruína — sussurra lentamente, frase por frase.
— E o que sente no seu coração, Caym?
Ele fica em silêncio.
Então me viro, observando a sua feição sombria.
— Algo já te fez ficar tão acelerado, a ponto de sentir seus batimentos machucarem o seu peito? De sentir que o coração iria pular pela boca?
Novamente o silêncio.
— Isso é impossível... e eu te conheço para saber que há sim um coração aqui — coloco a mão no lado esquerdo do seu peitoral — capaz de sentir dores, medos, alegrias e todos os sentimentos que te fazem um ser humano. E uma hora você vai deixar tudo isso transparecer.
— Só espero que você esteja viva até lá para presenciar esse "coração". E hoje, por pena e talvez... "reciprocidade", te darei uma trégua. Fique aqui, já volto.
— Não, eu não vou cair no seu... — Nem terminei de falar e o Caym virou as costas, me deixando plantada no mesmo lugar.
Tento me mover, mas esse diabo cercou minhas pernas com suas sombras novamente.
Não demora nem três minutos e ele retorna, desta vez, montado em cima de uma moto. Ele está todo de preto, até seu capacete. Parece um anjo da morte.
— Sobe, vamos dar um passeio.
Retraio-me, receosa.
— Não gosto de motos, nem de você.
— Se for dificultar a minha boa vontade, gatinha, terei que fazer as coisas à força, por isso, sobe logo!
Resmungo vários palavrões praguejando e me aproximo.
— É bem patético ter medo de moto, sabia?
— Eu não tenho medo! — exclamo, com o ego atacado.
Tomo o capacete da sua mão e tento vestir, só que nem colocar isso eu sei direito.
Caym puxa o meu braço e se inclina com a sua grande altura, para abotoar o fecho para mim. Faço careta para ele e me afasto para subir na moto. Sinto-me estranha e desequilibrada, parece que vou tombar para o lado.