Maeve Radry é o tipo de garota que sempre precisou lutar para encontrar o seu lugar no mundo, nada nunca foi fácil, ainda mais tendo que carregar o fardo de um sobrenome tão poderoso e estimado pela sociedade Dark. Para completar a sua luta diária...
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— Aqui tem uma parede que nos coloca dentro da fortaleza. Ela é temporária e só de entrada, a criei tem poucos dias. Vai sumir assim que usá-la.
— Tem certeza?
— Sim, vamos logo, antes que nos atrasemos para a cerimônia.
Saio do carro, pego as malas e fico na frente da grande árvore.
A minha tia começa a encantá-la com as sombras. Não demora para uma porta de tronco se abrir e nós corrermos para o outro lado. A travessia nos coloca dentro de um espaço pequeno e vazio, com paredes de pedras.
Após sairmos do pequeno espaço, paramos no meio de um longo corredor de teto abobadado.
— Pode colocar as malas no corredor, logo os monitores sobem para o seu dormitório. E deixe-me arrumar esse cabelo.
Minha tia ajeita o meu cabelo, também desamassa o meu longo vestido.
— Está incrível, como pode ser tão linda assim? Tenho certeza de que vai arrasar corações nessa academia, assim como a sua tia arrasou. Perdi as contas de quantos namoradinhos tive.
— Não tente me elogiar uma hora dessa, vou vomitar de nervoso. Quero chorar para me sentir melhor.
— Nada de choro, vai borrar a maquiagem que levamos horas para fazer. Engole em seco o nervosismo, ergue a cabeça e firme os saltos no chão. Está pronta?
Assinto, e minha tia sorri, fazendo uma cara malvada, de prazer e vitória. A seguir, sigo-a rápido pelos corredores, tentando acompanhar seus passos em meio à decoração chique e antiga do lugar, é cheio de quadros e esculturas de mármore.
— Será a última, que ótimo! — Viramos em outro corredor iluminado pelos lustres e a tia Lilith para repentinamente, quase me fazendo trombar nela. À frente há uma pequena fila de rapazes e garotas da minha idade. — Fique na fila dos alunos novos. Aqui, também pegue a sua declaração de necro. Estarei lá em cima na galeria, aguardando a sua entrada triunfal.
— Tia... — tento chamá-la para fazer mais perguntas, mas a cobra rapidamente vira as costas e me deixa sozinha.
Seguro com força o papel preto, sem nada escrito e dou passos com dificuldades, para ficar atrás da última garota da fila. Procuro pela minha irmã e a vejo bem na frente, sendo a primeira. Queria tanto correr até ela, cumprimentá-la e surpreendê-la. Só que começo a sentir a minha barriga se embrulhar.
— Oi, está bem? — A menina de cabelos loiros se vira para mim, franzindo o cenho.
— Não sei, acho que não.
— Nervosa?
— Muito...
— Relaxa, só vão chamar o nosso nome para assinar a declaração de necro, depois nos sentamos na cadeira da frente da galeria e ouvimos o discurso da reitora. Bom, assim o meu irmão disse que era. Sou a Abigail, da família Tabitha e você?
