Maeve Radry é o tipo de garota que sempre precisou lutar para encontrar o seu lugar no mundo, nada nunca foi fácil, ainda mais tendo que carregar o fardo de um sobrenome tão poderoso e estimado pela sociedade Dark. Para completar a sua luta diária...
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E por que estou incomodada com esse demônio?
Faz semanas que ele não fala comigo, apenas me ignora de longe e volta a conversar com seus grupinhos de amigos ou garotas insuportáveis, que só zombam de mim e me tacam as coisas. E não me importo que ele tenha parado de me perseguir, pelo contrário, estou muito agradecida por ter me deixado em paz. Já não basta os outros alunos me entristecendo.
Para não ser vista por ele, eu dou a volta nas arquibancadas e pulo o pequeno murinho, levando um escorregão de bunda nas pedras.
— Ai, merda...
— Ei, se machucou? — Ergo a cabeça e vejo um garoto alto e muito bonito correndo até mim.
Parece ser o amigo do Caym, o Vlad.
— Tudo bem, apenas escorreguei.
— Eu te ajudo.
Aceito a sua mão e ele me levanta do chão.
— Não se machucou mesmo?
— Não... obrigada — agradeço, limpando a minha calça suja de poeira e pedrinhas vulcânicas.
— Estava tentando não ser vista pelo Caym?
— O-o quê? — Ruboresço, arregalando os olhos.
Ele ri.
— Não se preocupe, não vou contar para ele.
— Pare de mentira, não tem o que contar!
— Tem sim, estava o espionando beijar outra garota.
— Eu não estava fazendo isso!
— Vai ter que cortar a minha língua, pois agora achou um grande problema.
— E dúvida que eu não corte, seu mentiroso?
— Ah é, está me desafiando? CAY... — Antes que o Vlad gritasse, avancei e tampei a sua boca com a minha mão.
— Cala a boca, infeliz!
Ele ri e puxa o meu braço, surpreendendo-me ao beijar meus dedos. Desvencilho-me e me afasto.
— Agora entendi por que o Caym é bem obsessivo com você, que mãos macias e cheirosas.
— Porque ele é um Deimo idiota, e para de se comportar igual!
— Não, já te disse uma vez, é que você bate de frente com ele. É a única que não tem medo de enfrentá-lo. E a sua beleza se torna um grande detalhe no meio disso.
— Pare, por favor. — Respiro nervosa, cruzando os braços.
— Desculpa, estou sendo insuportável de propósito. E sinto muito pelo que está passando na academia. Não deve ser fácil enfrentar os alunos e tudo mais.
