Maeve Radry é o tipo de garota que sempre precisou lutar para encontrar o seu lugar no mundo, nada nunca foi fácil, ainda mais tendo que carregar o fardo de um sobrenome tão poderoso e estimado pela sociedade Dark. Para completar a sua luta diária...
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Preciso controlar essa pulsação entre as coxas... essa aceleração no coração.
Ainda sem forças, seguro-me no apoio da escada, com dor na ferida perto do joelho. Pressiono a testa, suplicando para que meu cérebro esqueça cada palavra suja do Caym, esqueça o seu toque malicioso e o seu beijo feroz de agora há pouco...
Por favor, esqueça!
— Maeve!
Meus amigos me veem pisar no último degrau e correm para me ajudar.
— Como está? — Jule se apressa em perguntar.
— Bem... não se preocupem.
— Tem certeza? Tentamos diversas vezes subir para te salvar do Caym, mas aquele velho estranho ali nos impediu. — Abi aponta para o velho sentado ao lado da escada.
Não havia reparado nele. É horroroso, parece que nunca escovou os dentes e nunca tomou um banho na vida. Deu até ânsia.
— Caym te fez alguma coisa? — Ares me observa preocupado.
— Não. Já estou acostumada com aquele diabo.
— E o que ele fez?!
— Ele cuidou do meu ferimento... só isso.
— Como assim cuidou dos seu ferimento? — Eles me olham surpresos. — Estamos falando do Deimo, que te odeia e tem magia para te ferir!
— Já disse que está tudo bem. Vamos embora, estão todos me olhando e cochichando.
— Isso vai dar uma tremenda fofoca na academia, já andam falando de você e da Hebe, depois do que ela te fez na quinta.
— Parece que virei uma celebridade... — resmungo, após atravessar mancando a porta da Casa Gótica. — E eu só queria ficar no meu canto. Não tem nem um mês direito e não tive um dia de paz!
— Calma, Eve, é só uma fase, daqui a pouco os alunos te esquecem e te substituem por outra fofoca.
— Tomara.
Até cruzo os dedos, sonhando com isso.
Voltamos para a fortaleza ao anoitecer, e morrendo de medo de alguma criatura surgir para nos matar. O que nos tranquilizou foi o Ares dizendo que se andássemos dentro da trilha, estaríamos seguras e protegidas, realmente, não aconteceu nada, mas ouvimos sons horripilantes vindos da floresta sombria.
Ao chegarmos, nos despedimos do Ares e fomos para o nosso quarto, tomar banho e descansar.
Só que eu... quando me deito na cama e olho para o teto, me veem suas palavras sujas na mente. Parece que posso sentir seu toque no meu corpo, as suas palavras ao pé do meu ouvido.
