Maeve Radry é o tipo de garota que sempre precisou lutar para encontrar o seu lugar no mundo, nada nunca foi fácil, ainda mais tendo que carregar o fardo de um sobrenome tão poderoso e estimado pela sociedade Dark. Para completar a sua luta diária...
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Como esse demônio pode ser assim? E não, não o verei mais tarde, porque tenho um encontro com o Ares. Eu já furei uma vez com ele e não seria capaz de fazer isso de novo.
Ao entardecer, Abi e Jule me puxam para o quarto e começam a me arrumar. As duas estão mais entusiasmadas para esse encontro do que eu.
Quando fico pronta, viro-me para o espelho e me sinto exagerada.
— Você ficou uma tremenda gostosa!
— Verdade, até me fez duvidar da minha sexualidade. — Elas suspiram, orgulhosas pelo trabalho bem-feito em mim.
Realmente, fiquei parecendo uma modelo com o cabelo solto e a maquiagem perfeita para noite. Mas...
— Não sei, estou me sentindo exagerada, olha esse decote e como o vestido é curto e justo demais. Não pareço vulgar ou oferecida?
— Para de puxar o tecido para baixo, e não parece nada vulgar ou oferecida, só uma Radry perfeita.
— Está maravilhosa, Eve, confie em nós.
— E estamos torcendo por você e o Ares.
— Eu também estou torcendo... — confesso e continuo a me olhar no reflexo.
Torcendo para que dê certo esse encontro e nossos corações...
Só dá tempo de eu passar o perfume e pegar o casaco, antes do Ares bater à porta.
Assim que me vê, ele paralisa, em choque.
— Não precisava se arrumar tanto, mas está perfeita. Ou perfeita nem é o elogio certo — sussurra, quase sem fala. — Magnífica! Uma deusa!
Sorrio, após ouvir os suspiros das minhas amigas.
Agradeço aos exageros dele e nos despedimos da Abi e da Jule para sairmos juntos.
— Ainda não estou acreditando que se arrumou assim para mim... digo — pigarreia envergonhado — para o nosso encontro.
— Tenha certeza de que teve dedo da Abi e da Jule para me deixar bonita, demoramos mais de duas horas.
— Te deixar bonita? Que absurdo, você é bonita desde que nasceu.
— Para de me deixar sem graça.
Ele sorri, enquanto caminhamos para o seu destino. E só descubro onde é, quando paramos numa porta, do outro lado da fortaleza. Assim que abre, eu me surpreendo com o interior da sala, decorada com velas e uma mesa romântica ao centro.
— Desculpa por ser algo simples, é a sala de artes do meu tio. Levei a tarde toda para ajeitá-la.
