Maeve Radry é o tipo de garota que sempre precisou lutar para encontrar o seu lugar no mundo, nada nunca foi fácil, ainda mais tendo que carregar o fardo de um sobrenome tão poderoso e estimado pela sociedade Dark. Para completar a sua luta diária...
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I-Isso é verdade, é real?
Não é possível que o Caym goste de mim que... ele tenha tatuado meus olhos e minhas iniciais... sinto meu coração acelerado, batendo tão rápido.
Não consigo acreditar que possa ter sentimentos dentro daquela casca dura, sem coração.
Visto minhas roupas e vou embora, correndo.
No dormitório, assim que eu abro a porta, sou surpreendida por Jule e Abi, me esperando ansiosas para saberem do encontro... até que percebem o meu cabelo e roupas molhadas e me enchem de mais perguntas. Cansada de esconder ou omitir toda a verdade, decido confessar tudo para elas.
Como se eu estivesse diante de padres, em busca de alívio, conto o que está acontecendo... sobre mim e o diabo do Caym, mas só faço um resumo, nossa história se inicia desde a infância e infelizmente perdura até hoje.
Abi e Jule ouvem tudo atentamente e ficam em êxtase, não escondem a cara de surpresa, porém, sem julgamentos. Isso é nobre da parte delas, pois me sinto sim julgada e errada, principalmente pelo Ares.
— É como se você e Caym estivessem predestinados desde o nascimento. — Jule recai sobre o tapete, ainda tentando raciocinar tudo o que eu contei.
Abi começa a andar da beirada de uma cama para a outra.
— Radry e Deimo vivendo um romance libidinoso e obsessivo!
— Não há romance, apenas.... sexo — resmungo e também caio na minha cama, olhando para o teto e pensando na merda que está a minha vida.
— Impossível ser só sexo, vocês cultivam sentimentos desde que eram crianças, adolescentes e dura até hoje, na fase adulta. E se o Caym não gostasse de você, ele nem te perseguiria igual ao demônio que é.
— Ele é um Deimo, inimigo dos Radrys, seu inimigo, Maeve!
— Eu sei, mas vocês entenderam a minha situação... não é algo que começou ontem. Caym sempre fez o inferno na minha vida, além de ter sido o responsável pelo meu primeiro beijo e a minha terrível primeira vez. Ele nunca deixou de ser o primeiro em nada.
— A gente entende, só estamos apavoradas por você. Não dá nem para se colocar no seu lugar — Jule fala, com os olhos arregalados. — Abi teve razão ao dizer que vocês foram predestinados. E mais do que isso... há sentimentos.
— Não é verdade, não há sentimentos!
Elas reviram os olhos.
— Tá, e o que prova que não há?
Lembro-me da tatuagem do Caym e suspiro, com a sensação fresca de tocar a sua pele molhada e redesenhar a imagem ilustrada... dos meus olhos e minhas iniciais em lágrimas. Penso no nosso primeiro beijo, ainda quando eu tinha 12 anos... foi calmo, estranho, molhado e arrepiante, porém, conectado. A nossa primeira vez, dolorosa, assustadora e com o mesmo sentimento de conexão, de tê-lo dentro de mim, tomando-me para ele.